XII Encontro Estadual de Educação destaca música, diversão e arte

Os debates no XII Encontro Estadual do Sintep-MT, entre 12 a 14 de outubro, no Hotel Fazenda Mato Grosso foram intercalados com apresentações culturais, na abertura dos painéis de trabalho. Para além de um momento de entretenimento, a programação reafirmou a luta pela educação pública, gratuita e de qualidade, ao convidar estudantes da Escola Estadual José Leite de Moraes para apresentar o resultado do projeto cultural que desenvolve na unidade, pelas mãos do professor Odenil Seba.

A escola José Leite de Moraes, na Várzea Grande, já é referência no estado, com um trabalho implementado há duas décadas pelo educador. Contudo, apesar das boas práticas e de um projeto curricular bem sucedido, a proposta não se estende a outras unidades, como política pública de educação.

O trabalho realizado pelo professor na EE José Leite proporciona aos estudantes do Ensino Fundamental – anos iniciais e finais – e também do Ensino Médio aulas de violão, coral e violino. Durante o Encontro do Sintep-MT passaram pelo palco do evento, uma dupla sertaneja formada por dois estudantes da escola - Zé Augusto e Gabriel – que iniciaram o conhecimento musical com aulas de instrumento musical oferecidas na escola.Também se apresentou o Coral Vésper, uma composição de vozes com mais de 100 estudantes de diferentes idades e de segmentos que participam dos cursos de vozes oferecidos no contraturno das aulas regulares. No dia da apresentação, mães e responsáveis acompanham as crianças e confirmam o sucesso do projeto. 

“Minha afilhada começou este ano na escola e desenvolveu muito”, declara Eliana Carvalho, madrinha e pedagoga, que acompanha a aprendizagem da estudante Giovanna Valentina, 9 anos. 
Os elogios à política pedagógica implementada na EE José Leite foram destacados pela mãe da aluna Mircaele, do 3º ano fundamental. Segundo relata, sempre buscou escolas que oferecessem atividades culturais desde a educação infantil. 

“Percebemos muito mais o desenvolvimento das crianças quando praticam atividades culturais, elas têm admiração pela escola. Todas as escolas públicas, municipal e estadual deveriam ter um projeto desse para os estudantes, com esporte, música e artes, oportunizando às crianças um futuro brilhante”, defendeu Melisângela Carvalho.

Para o professor Odenil Seba, responsável pelo projeto, é preciso avançar nos tempos de formação, com a escola em tempo integral, por exemplo, para que possa assegurar aos estudantes uma complementação educacional que assegure um currículo com atividades culturais, artísticas, esportivas. “A prática cultural ajuda as crianças a crescerem em outras dimensões. Eu percebo que o resultado dos nossos projetos na escola é muito positivo”, afirma. 

No encerramento do XII Encontro foi a vez do grupo de violinos encantar a plateia e esperançar com a possibilidade de que esse tipo de aprendizagem seja inserido nos currículos escolares. “Os resultados comprovam que o projeto é exitoso”, destaca Seba, entre eles a permanência dos estudantes na escola. "Temos um baixo índice de abandono e evasão, nos períodos matutino e vespertino”, conclui o educador.
 

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