Última rodada de reuniões com Seduc será avaliada em Conselho de Representantes


Pauta salarial abriu e fechou as audiências, dado o descaso com que o governo tem conduzido o processo de valorização dos trabalhadores da educação e os direitos da categoria.

Publicado: 04/11/2021 18:48 | Última modificação: 04/11/2021 18:48

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

Sintep-MT
Conselho de Representantes irá tratar sobre resultado das audiências com a Seduc-MT

Neste próximo final de semana, dias 6 e 7 de novembro, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) realiza o Conselho de Representantes da categoria. Na oportunidade os participantes terão entre os encaminhamentos avaliar as respostas da Seduc-MT às reivindicações pautadas pelo Sintep-MT, durante as quatro audiências agendas entre setembro, outubro e novembro.
Na tarde de quarta-feira (03/11) ocorreu a última reunião cujo foco foi a organização do processo implementado pela Seduc-MT para a gestão política, administrativa, pedagógica e financeira das escolas da rede estadual. E finalizou com a cobrança de resposta à pauta salarial.
O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, voltou a cobrar a pauta da primeira reunião (27/09) que ficou sem respostas concretas.  Valdeir afirmou ser de responsabilidade do gestor da Educação do estado, secretário Alan Porto, dar encaminhamentos à questão salarial, já que é de responsabilidade direta, como ordenador de Receitas e Despesas da educação. 

Dirigentes do Sintep-MT reafirmam as defesas da categoria para assegurar a organização escolar e os trabalhos desenvolvidos nas unidades estaduais 

“Se o secretário está impedido de fazê-lo, por seguir a cartilha do governador, que ao menos interceda junto ao governo um debate para que tratemos de buscar caminhos para a recomposição da dobra do poder de compra dos trabalhadores, suspensa com a negação da 510/2013”, cobrou o presidente do Sintep-MT.
A direção do Sintep-MT, presente na reunião, questionou sobre a organização para os desafios da aprendizagem dos estudantes, no pós-pandemia; o cumprimento da Lei de Gestão Democrática (7040/98) destacando o equívoco promovido pelo governo ao descumprir o processo eletivo dos diretores por meio de uma interpretação equivocada ao parecer dado pela Procuradoria Geral de Justiça; e ainda, a necessidade urgente da realização da Conferência Estadual de Gestão Democrática (Conged), suspensa em 2018.
O sindicato voltou a pautar os impactos da política desastrosa do redimensionamento de matrículas imposto pelo governo Mauro Mendes, pois fragmenta o Ensino Fundamental deixando a primeira etapa no município e a segunda na rede estadual, causando uma ruptura na aprendizagem.
O presidente concluiu a pauta fazendo o alerta à organização da Seduc-MT para 2022, quando o período eleitoral inviabiliza a contratação de profissionais. “Por mais de cinco anos o estado vivencia o caos nas escolas, que ficam impedidas de contratar em casos de excepcionalidade como licenças maternidade, mortes, afastamento por motivos imprevistos como acidentes. É preciso antecipar a solução”, disse Valdeir.


As reuniões para debate das reivindicações da categoria ocorreram após quase um ano de cobranças e foram divididas em quatro audiências (27/09; 14/10; 18/10; 25/10). Algumas datas alteradas em virtude de mudanças feitas pela própria Seduc-MT.