Trabalhadores do transporte escolar de Peixoto de Azevedo cobram valorização salarial no PCCS


Motoristas, em destaque também os que atuam na área rural, distrito de União do Norte, cobram alteração da jornada de trabalho e incorporação de auxílios aos salários

Publicado: 21/03/2025 16:02 | Última modificação: 21/03/2025 16:02

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Peixoto de Azevedo

Os trabalhadores do transporte escolar em Peixoto de Azevedo (690 km norte de Cuiabá) cobram da Prefeitura ajustes no Plano de Cargos, Salário e Carreira (PCCS) da educação, para assegurar valorização profissional para o segmento. Em reunião com o presidente da subsede do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso) quinta-feira (20/03) encaminharam a defesa por reformulação da jornada e do salário base.

Segundo o presidente da subsede do Sintep/Peixoto de Azevedo, Fernando Alves da Silva, os motoristas do transporte escolar do município, assim como aqueles que atuam no distrito de União do Norte (65 km da área central), atuam em jornadas de 40 horas, apesar do PCCS estabelecer 30 horas.

Conforme o dirigente, a prefeitura pratica a ampliação da jornada como horas-extra, comprometendo os ganhos quando esses profissionais entram em licença, férias e até mesmo na aposentadoria, pois os valores não incorporam aos salários. “Usa da excepcionalidade, que é a horas-extra, para compor os salários, e reduz o ganho real”, destaca Fernando.   

Fernando Silva ressalta que a situação tem sido ainda mais grave com os motoristas do distrito de União do Norte, o maior assentamento da América Latina (11.500 habitantes), o qual tem também uma escola indígena na comunidade Terena, atendida pelo transporte escolar.

Diante dessa realidade de jornada estendida, o dirigente apresentou como proposta a alteração da jornada de trabalho dos motoristas de 30 para 40 horas no PCCS, bem como a valorização salarial com a incorporação de penduricalhos que não resultam em valorização real.  

O dirigente explica que a título de melhoria no vencimento a prefeitura paga auxílio alimentação e transporte. No entanto, o percentual fica suspenso do salário nos períodos de férias e licenças. “Não é valorização real, por isso, cobramos que os valores dos auxílios também sejam incorporados aos rendimentos salariais”, afirma.

O documento com as propostas retiradas pelos profissionais da educação será protocolado pelo Sintep/Peixoto de Azevedo na Prefeitura. “Nosso objetivo é garantir o direito à valorização desses trabalhadores”, conclui.