Trabalhadores da educação seguem na luta para que o governo Mauro Mendes recomponha os salários


Sintep-MT lança e encaminha as pautas da Campanha Salarial de 2024 pela equiparação com demais carreiras do executivo

Publicado: 15/03/2024 19:06 | Última modificação: 15/03/2024 19:06

Escrito por: Roseli Riechelmann

Charge Latuff

Pelo segundo ano consecutivo o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) busca a equiparação salarial com o valor médio de outras categorias do executivo estadual de mesmo nível e cobra recomposição de 9,16%, em 2024. A política integra a campanha salarial da categoria, iniciada em 2023, mas desconsiderada pelo governo Mauro Mendes. Este ano, a entidade já protocolou as reivindicações junto ao governo para encaminhamento de negociação.

A política de valorização salarial defendida pelo Sintep-MT busca recompor as perdas recorrentes da primeira gestão (2019 a 2022) e nos dois anos do segundo governo Mauro Mendes (2023 e 2024). A proposta visa repassar cerca de 40% de perdas acumuladas nos últimos seis anos dentro do prazo financeiro da gestão (2023 a 2026)

Segundo as deliberações da categoria, no primeiro Conselho de Representantes de 2024, as expectativas que alguns profissionais depositaram em 2023, sobre a medida governamental de Gratificação por Resultados (GR), foram frustradas.

“Acreditamos que em 2024 a disposição de luta está mais forte, dado o empobrecimento dos profissionais e as políticas de desmantelamento das conquistas na rede estadual. O cenário sinaliza para o fortalecimento da luta, que não descarta até mesmo paralisação, caso o governo mantenha irredutível a negociação com a categoria”, afirma o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.

O empobrecimento da categoria, mediante a desvalorização profissional, tem comprometido a carreira dos profissionais da educação em Mato Grosso. A valorização profissional construída coletivamente durante anos de luta sindical, que consolidou Piso Salarial, Jornada e Carreira, até mesmo como referência nacional, sofreu graves ataques.

Medidas unilaterais implementadas na gestão Mauro Mendes tem precarizado salário, comprometeu a organização democrática do espaço escolar, desmantelou a carreira com a suspensão de concurso público, aumentou o número de contratos e terceirizações, que não asseguram aos estudantes uma continuidade no processo de ensino/aprendizagem.

O Sintep-MT forçará a negociação para recompor as perdas e não apenas dos profissionais da ativa, mas também dos aposentados, que foram prejudicados ainda mais pelo fim da equiparação salarial e confisco de 14% sobre os salários. “O governo Mauro Mendes tem provocado o apagão de professores e demais profissionais da educação. E é contra isso que estamos lutando e resistindo”, conclui o presidente.