Trabalhadores da educação municipal de Colíder paralisam as atividades hoje (7)
Ato marcará o Dia de Luta pela recomposição salarial de 33,24%, conforme determina a Lei do PSPN. Assembleia da categoria deliberará sobre indicativo de greve por tempo indeterminado.
Publicado: 07/03/2022 10:55 | Última modificação: 07/03/2022 10:55
Escrito por: Assessoria/Sintep-MT
Educadores da rede municipal de Colíder (650 km ao norte da capital) paralisam as atividades na próxima segunda-feira (07/03). A mobilização organizada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no município, fará um alerta ao prefeito Hemerson Máximo, que se recusa a cumprir a Lei 11.738/2008, do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e o Plano de Cargos Carreira e Salário, apesar de ter recursos em caixa reprogramados do ano anterior e o Fundeb ter apresentado crescimento significativo nos meses de janeiro e fevereiro em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O PSPN em 2022 teve a recomposição de 33,24%, conforme o aumento do valor aluno/ano do FUNDB, repassado aos caixas das prefeituras. Com regra, a data base da correção do Piso é primeiro de janeiro assim como a Data Base da Rede Municipal. Contudo, os educadores da rede até o momento não tem nenhuma certeza a respeito da garantia desse direito constitucional.
A mobilização dos trabalhadores da educação faz a defesa do que é direito da categoria e cobra da prefeitura e também da Câmara Municipal a garantia da valorização profissional. “Não há o que se falar em crise financeira, pois a prefeitura tem recursos para fazer a devida recomposição”, afirma a vice-presidente do Sintep/Colíder, Lucy Diana Matias da Silva. Conforme ela, basta analisar o crescimento das receitas do fundo e os valores reprogramados do ano anterior que devem ser aplicados até o final do 1° quadrimestre de 2022. A vice-presidente Lucy Diana também é presidente do Conselho Municipal do CACS/Fundeb no município.
A mobilização dos trabalhadores da educação tem na programação, iniciada às 7h, vigília na sede da Prefeitura durante todo o dia de luta. Na parte da tarde, está programada a Assembleia Geral da categoria, onde debaterão sobre o indicativo de greve na rede municipal.
“A paralisação é um dia de luta. Nosso desejo é não entrarmos em greve. No entanto, o prefeito nos ignora desde dezembro de 2021, quando protocolamos a pauta, e até agora permanecemos sem resposta concreta. Uma Lei que deveria ter sido cumprida ainda em janeiro. A nossa luta é para que o prefeito efetue um direito, que é legítimo. Faça a recomposição salarial, como ele já fez para outras categorias, inclusive reajustando o próprio salário”, conclui a presidente da subsede do Sintep/Colíder, Edina Martins.