Trabalhadores da educação denunciam os calotes e as injustiças do prefeito de VG


A manifestação teve por objetivo cobrar do prefeito Kalil Baracat de imediato a recomposição do Piso Salarial de 14,95%

Publicado: 01/03/2023 17:39 | Última modificação: 01/03/2023 17:39

Escrito por: Sintep-VG

Francisco Alves

Os trabalhadores da rede municipal de ensino de Várzea Grande foram mais uma vez para as ruas nesta terça-feira (28/02) denunciar os calotes e as injustiças que o prefeito Kalil Baracat (MDB) vem aplicando nos profissionais da educação.

De acordo com o professor Juscelino Dias de Moura, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, subsede de Várzea Grande (Sintep/VG) o Ato Público pela Valorização Profissional dos Trabalhadores da Educação, começou em frente ao Terminal André Maggi, com distribuição de panfleto à população e percorreu as principais avenidas da cidade em carreata, terminando na câmara, para cobrar uma postura dos vereadores que tem a função primordial de representar os interesses da população perante o poder público, bem como fiscalizar as ações do prefeito e fazer cumprir as leis aprovadas.

Francisco Alves

Na câmara, os manifestantes acompanharam a sessão de abertura dos trabalhos legislativos de 2023, que contou com a presença do Prefeito, Vice-prefeito e secretários da prefeitura. E, mais uma vez a categoria foi recebia por um forte aparato policial e Guarda Municipal. “A manifestação teve por objetivo cobrar do prefeito Kalil Baracat de imediato a recomposição do Piso Salarial de 14,95%, para todos professores e técnicos, cobrar também o pagamento do restante dos 33,24% do piso salarial de 2022, mesmo que seja parcelado, pois foi pago apenas 12,84% somente para os professores, dentre outros pontos de pauta”, explicou o professor, frisando que a categoria vai continuar nas ruas denunciando as injustiças que o prefeito vem cometendo contra os trabalhadores da educação e cobrar também respeito e dignidade aos profissionais da educação. “Só queremos o que é nosso, só queremos que o prefeito cumpra a legislação e nada mais”. Reforça o presidente.

O professor Juscelino pondera que muitos municípios com arrecadação menor e com maiores dificuldades como alguns da baixa cuiabana têm discutido com a categoria e negociado alternativas para que o piso salarial seja implementado. “Isso acontece quando prefeitos e prefeitas têm demonstrado seriedade, compromisso e respeito aos trabalhadores, mas este não tem sido o comportamento dos gestores públicos de VG, sai prefeita e entra prefeito, a atitude não muda, continuam se recusando a dialogar com a categoria e seus representantes”, afirma o presidente do sindicato, indignado com a falta de resposta à pauta de reivindicação protocolada no dia 10 de janeiro/23, no gabinete do prefeito, com cópia aos vereadores e secretários.

Francisco Alves

No final da Sessão, o presidente do Sintep/VG cobrou do prefeito uma resposta às reivindicações, porém, sem saída, o prefeito se limitou em dizer não ter gostado de ser chamado de caloteiro e que espera mais respeito por parte da direção do Sindicato.

Do ponto de vista do presidente do Sintep/MT, Professor Valdeir Pereira, que participou do Ato Público, “a manifestação dos trabalhadores é legítima e necessária para cobrar a aplicação do piso e uma mesa de negociação junto ao poder público municipal para que as pautas que estão represadas há um bom tempo possam ter o atendimento por parte do executivo. E, é claro que esse tipo de mobilização desagrada o poder público, que não gosta de ser questionado e mais uma vez, os trabalhadores da educação e a nossa entidade sindical dá um exemplo de organização e de luta, por fazer esse enfrentamento tão necessário” frisa o sindicalista observando que se não lutarmos, daqui uns dias nós estaremos numa condição ainda mais precária de trabalho, de valorização.

Francisco Alves

“Mas, afinal qual seria o nome dado a quem, mesmo tendo dinheiro sobrando em caixa para pagar uma dívida e não paga?” Questiona o professor Juscelino, não temos alternativa, diante de uma Gestão que não dialoga, não negocia com os trabalhadores. “Não vamos ficar calados, esperando cair do céu, sendo lesados. Vamos continuar nas ruas, embaixo de sol e chuva, lutando pelos nossos direitos”, completa o presidente do Sintep/VG.