Sintep/Nova Mutum debate na Comissão de Educação da Câmara as defesas da categoria


Reivindicações foram elencadas como prioritárias para a valorização profissional e qualidade da educação pública no município

Publicado: 17/03/2025 15:19 | Última modificação: 17/03/2025 15:19

Escrito por: Roseli Riechelmann

A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) em Nova Mutum (242 km de Cuiabá) realizou na última semana, (12/03), a primeira reunião na Câmara Municipal, com integrantes da Comissão de Educação do legislativo municipal, para debater a valorização profissionais dos educadores da rede municipal,


Os representantes sindicais, acompanhados do presidente do Sintep/Nova Mutum, professor Márcio Alves Nascimento, dialogaram com os vereadores, sobre valorização salarial a partir da recomposição de percentuais nos salários, tendo como base os recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica) e os repasses da educação para o município.


Conforme esclareceram os educadores, os estudos realizados na Oficina de Financiamento da Educação, organizada pelo Sintep-MT, no mês de fevereiro, revelou que o município não usa o percentual estabelecido na legislação para o pagamento de salários dos educadores, o que dá margem para recomposição salarial de até 17%. A pauta apresentada ao legislativo destacou ainda, a necessidade urgente de reformulação do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) dos professores. 

Presidente da subsede do Sintep/Nova Mutum, Márcio Nacimento e representantes de unidades escolares


Os debates feitos pelos representantes de unidades escolares, que integram o sindicato, defenderam uma comissão composta de membros do executivo e legislativo, além de dois representantes por escola, para a construção do novo PCCS. Contudo, já apresentaram as defesas históricas da carreira, com piso, jornada e unificação dos profissionais que atuam na escola, como fundamentais para a educação de qualidade.


Durante os debates, os sindicalistas ressaltaram a desvalorização profissional em Nova Mutum como um dos motivos pela “síndrome da desistência da carreira” na educação. “A falta de valorização tem tornado a carreira na educação desinteressante e levado a que muitos desistam de se tornarem educadores, inclusive abandonado os concursos”, afirmaram.


Uma outra reivindicação foi sobre a questão das licenças e da necessidade de trazer para o PCCS valores de alíquotas mais justas nas progressões de carreira, assim como estabelecer valores e períodos para contar valorização no tempo de serviço.    


“O diálogo com o legislativo foi bem proveitoso e importante, diante de uma resistência do executivo em avançar naqueles que são direitos dos trabalhadores da educação. Estamos fortalecendo o sindicato, agora com ações mais efetivas com e junto a categoria”, concluiu Márcio Nascimento.