Sintep/São Félix do Araguaia defende o direito integral da recomposição salarial
Trabalhadores da educação municipal aprovam estado de greve, enquanto negociam com o executivo municipal o direito a recomposição do piso salarial de 33,24% para toda a categoria
Publicado: 31/05/2022 17:26 | Última modificação: 31/05/2022 17:26
Escrito por: Roseli Riechelmann

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) participou ontem, segunda-feira (30/05) do debate dos educadores de São Félix do Araguaia (1.001 km da capital), sobre recomposição do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), com base na Lei Federal nº 11.738/2008. O impasse apresentado pelo executivo municipal sobre a defesa da categoria levou a aprovação do estado de greve na rede municipal.
O secretário de Redes Municipais do Sintep-MT, Henrique Lopes, participou da Assembleia Geral que tratou sobre a recomposição dos 33,24% do Piso Salarial e reorganização do Plano de Carreira da rede municipal de educação. “Foi bastante interessante a movimentação em São Félix, pois a categoria se mobilizou para encaminhamentos da pauta e receberam o retorno da prefeitura na mesma data”, disse.

Conforme o dirigente, apesar da proposta não atender as reivindicações, foi considerada positiva, pois a partir dela se estabelece condições de debate”, destacou.
A presidente da subsede do Sintep/São Félix do Araguaia, Márcia Menezes Matos, relata que desde o dia 19 de abril, o poder executivo estava com a pauta de reivindicação da categoria e uma minuta do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) dos profissionais da educação do município. Em 19 de maio, um mês depois, uma audiência com a prefeita Janailza Taveira Leite, alegou que devido a invasão por hackers no sistema da prefeitura foi inviável o estudo da proposta e a administração pediu mais 30 dias.
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dSegundo Márcia, a categoria rejeitou o prazo e definiu 10 dias. Se no período não apresentassem a proposta, os trabalhadores da educação municipal entrariam em greve por tempo indeterminado. “Após o início da Assembleia, ontem (30), que deliberou a decisão da categoria, chegou uma proposta, apontando para o pagamento do percentual proporcional à jornada de 30 horas, oferecendo reajuste de 27% e apenas para os professores. Foi aprovado o estado de greve”, informou a dirigente municipal.
Para Henrique Lopes, que acompanhou a Assembleia, é preciso que a categoria fique em alerta, primeiro para o achatamento que ocorre na carreira com a tentativa de tirar os funcionários e segundo para a proposta salarial apresentada, que distorce a defesa da recomposição sobre o piso cheio, ou seja 33,24%, e para todos da carreira.
