Sintep-MT terá apoio do Conselho de Alimentação na luta por alterações na atribuição de merendeiras

As dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Lucinéia Goveia dos Anjos e Catarina Francisca, representantes da entidade no Conselho Estadual da Alimentação Escolar, informam que o Conselho encaminhará ao parlamento estadual, mas especificamente à deputada Janaina Riva, portarias de atribuição de anos anteriores que constatam alterações feita pelo governo do estado no processo de atribuição das merendeiras, que resultaram na redução do quadro.

Catarina Francisca lembra que, no início do ano, a parlamentar demonstrou sensibilidade diante das denúncias feitas pelas merendeiras sobre a sobrecarga de trabalho e a necessidade urgente de ampliação do número de profissionais. Na ocasião, Janaina Riva se comprometeu a realizar um levantamento do quadro de merendeiras nas escolas. “Não se trata apenas da quantidade de profissionais, mas dos rearranjos feitos nas portarias desde 2019, que acabaram sobrecarregando as trabalhadoras com mais tarefas, sem que houvesse aumento proporcional no número de funcionárias”, explica Catarina.

O objetivo do Conselho de Alimentação Escolar é comprovar que a redação da Portaria tem configurado redução de vagas. “O governo ampliou o cardápio, inclusive com refeições mais elaboradas e que demanda mais tempo das merendeiras. Sem contar que em algumas unidades escolares, a limpeza dos refeitórios fica a cargo das merendeiras”, relata a conselheira.

A questão, levada ao parlamento pelo Conselho Estadual da Alimentação Escolar, é uma demanda recorrente também do coletivo de funcionárias e funcionários do Sintep-MT, o qual Lucinéia Goveia dos Anjos é integrante. Conforme ressalta, na última reunião do coletivo dentro do Conselho de Representantes da entidade, em 24 de maio, o tema foi novamente debatido, e os participantes cobraram soluções para o que é visto como, mais uma manobra do governo Mauro Mendes, que vem precarizando as condições de trabalho nas unidades escolares.

Conforme os relatos feitos no coletivo, diante da recusa do governo em contratar mais funcionários para a merenda escolar e para a limpeza das unidades, muitos trabalhadores estão abrindo mão de usufruir férias ou licenças-prêmio, para não prejudicar os colegas. Trata-se de um sentimento de cuidado com o outro, mas que acaba por negar o próprio direito. Somos totalmente contrários a esse tipo de atitude, pois ela apenas contribui para que o governo mantenha a injustiça com os trabalhadores”, disse Lucinéia que é integrante do coletivo de funcionários do Sintep-MT.