Sintep-MT repercute relatório do TCE que apontou falhas graves estruturais em escolas de MT


O tribunal deu prazo de 45 dias para que o estado e municípios apresentem um Plano de Manutenção para as escolas identificadas com problemas.

Publicado: 10/05/2023 16:21 | Última modificação: 10/05/2023 16:21

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Reprodução

O presidente do Sintep-MT, professor Valdeir Pereira, destaca que o resultado do relatório apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) na última terça (09/05), apontando falhas e precariedade na infraestrutura de 29 unidades escolares da rede pública de ensino de Mato Grosso, infelizmente, não surpreende.

O sindicalista lembra que o governo do estado vem realizando de maneira sistemática, um tipo de “maquiagem” em prédios que abrigam os estudantes. “Foram diversas escolas que passaram por essa reforma que envolveu a fachada da unidade de ensino com recurso emergencial que não dá conta de resolver os problemas estruturais. Ou seja, os portões de entrada dessas escolas foram reformados e colocados os letreiros com o nome da escola; mas basta dar alguns passos adentro, para verificar precariedade das instalações  e a ausência de coisas básicas, como maçanetas em portas e descargas funcionando no banheiros. Além da ausência do Sistema de Combate a Incêndio - Prevenção Detecção de Incêndio”, lamentou.

As fiscalizações fizeram parte da Operação Educação, que ocorreu em todo o país. Durante as vistorias, os técnicos verificaram a acessibilidade, estrutura e conservação da edificação, saneamento básico e energia elétrica, sistema de combate a incêndio, alimentação, esporte, recreação e espaços pedagógicos. As unidades de ensino foram selecionadas a partir dos indicadores sobre as condições da infraestrutura que constam no Censo Escolar de 2022.

Sintep-MT/Francisco Alves
Presidente do Sintep-MT cobra posicionamento do Estado sobre problemas de efetivo nas escolas

Sobre o relatório do Tribunal, o presidente do Sintep-MT destaca ainda que faltaram pontos importantes, como o desfalque de efetivo dos trabalhadores da educação. No caso da segurança, a ausência de vigias nos turnos de funcionamento das  escolas, período noturno, feriados e finais de semana, visto que o governador se recusa a fazer a contratação desses profissionais e muito menos, realizar concurso público para a função. “As câmeras de monitoramento, anunciadas pelo governo, não impedem o acesso de pessoas estranhas dentro das unidades escolares; ou seja, não resolve o problema da insegurança”, disse Valdeir.

Além disso, o sindicalista reforça que a ineficiência da gestão Mendes, deixou diversas escolas sem professores em sala em pleno curso do ano letivo e já chegando ao fim do primeiro semestre. ”O relatório faltou apontar o problema da ausência de trabalhadores que, devido à burocracia e ingerências criadas pela Seduc-MT, permite que estudantes fiquem meses sem professores e trabalhadores da Educação para atender de forma adequada os nossos estudantes”, destacou o presidente do Sintep-MT.

Com a apresentação do relatório pelo TCE-MT, a Corte de Contas deu prazo de 45 dias para que o estado e gestores de oito municípios onde foram identificados os problemas, apresentem um Plano de Manutenção.