Sintep-MT reorganiza o coletivo de combate ao racismo na entidade


A luta até então estava apenas na programação da Secretaria de Políticas Sociais do sindicato

Publicado: 01/12/2023 12:57 | Última modificação: 01/12/2023 12:57

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT
Reunião de reorganização do coletivo de combate ao racismo

O coletivo de combate ao racismo do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) foi reorganizado. O movimento que integra as pautas sociais da entidade, estrutura agenda para 2024, com a pauta de enfrentamento, baseada em esclarecimento às práticas discriminatórias vivenciadas, inclusive, no espaço escolar. No último Conselho de Representante, os relatos de ocorrências racistas na rotina escolar, registraram o aumento desse tipo de ataque na educação estadual.

Para a dirigente do Sintep-MT, Maria Celma Oliveira, é importante que o coletivo se apresente como um espaço de formação para os/as profissionais da educação, para que estes possam fazer os enfrentamos por meio de uma educação antirracismo.

Dirigente estadual Maria Celma Oliveira esclarece as proposta do coletivo para os partiicpantes

Durante a reunião, a vice-presidente do Sintep-MT, Leliane Borges, aproveitou para registrar o histórico de luta do Sindicato na defesa da Lei 10.639/2003 - que trata da história do povo negro no Brasil – e na conscientização do combate ao racismo na educação.  A dirigente relatou os trabalhos de intercâmbio com Cabo Verde (África), via projetos desenvolvidos pela Secretaria de Políticas Sociais do Sintep-MT. Na ocasião foram realizados concursos com as escolas que trabalhavam a legislação, tendo inclusive sido feitas visitas ao país coirmão.

Sintep-MT
Dirigentes do Sintep-MT relatam a história de luta do Sindicato e a necessidade de reconstrução do GT para os enfrentamentos de combate ao racismo em toda a sociedade

“O Brasil é o segundo país com maior população negra fora da África, somos cerca de 56% da população. Nossa sociedade tem a história e a cultura construídas sob as raízes do povo negro é um absurdo a marginalização dessa população”, destaca Leliane.    

O professor Everson Rodrigo Tatto, que integrou o debate, destaca a importância da reestruturação do coletivo, para combater a discriminação e racismo que tem aflorado nos últimos anos na sociedade.

“Diariamente vemos isso na sociedade e no ambiente de trabalho, temos que começar esse debate a partir das nossas instituições. Nós, da educação, temos que combater e debater o tema para além dos muros da escola com foco em inibir práticas e atitudes racistas na sociedade”, concluiu.