Sintep-MT reforça o Grito dos Excluídos na luta por justiça social e valorização dos servidores
O Sindicato cobra recomposição salarial de 19,52% e se une a movimentos sociais na defesa de um Brasil soberano, com direitos garantidos e distribuição justa da riqueza.
Publicado: 07/09/2025 13:59 | Última modificação: 07/09/2025 13:59
Escrito por: Roseli Riechelmann

Trajados com camisetas que cobravam a recomposição salarial de 19,52%, não paga pelo governo do Estado, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) fortaleceu as fileiras do Grito dos Excluídos. A 31ª edição da manifestação popular defendeu um Brasil soberano, com a taxação dos super-ricos, isenção de imposto de renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil e o fim da escala de trabalho 6x1. Justiça social!
Realizada tradicionalmente no Dia da Independência, desde 1994, a manifestação leva às ruas as reivindicações da população privada de direitos sociais como Educação, Saúde e Segurança. Com o tema “Cuidar da Casa Comum é da Democracia e a Luta de Todo Dia”, o Grito dos Excluídos fortaleceu o compromisso de transformação social.
.jpeg)
A caminhada partiu da Praça Cultural do Jardim Vitória em direção ao ginásio Verdinho, no CPA (bairro Morada da Serra), em Cuiabá. Durante o trajeto, representantes de movimentos sociais, entidades estudantis, trabalhadores sem-terra, centrais sindicais e da educação — incluindo estudantes e sindicatos do ensino superior e básico — expressaram suas cobranças.
O presidente do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, iniciou sua fala destacando a defesa da democracia. Foi enfático ao afirmar que um país soberano precisa garantir distribuição de renda, saúde, educação, saneamento básico e condições dignas de vida para o povo.
(1).jpeg)
“Tem sido muito difícil neste país a ausência de uma divisão justa da renda. Hoje, 10% da população acumula mais de 50% da riqueza do Brasil. Estamos nas ruas para defender a soberania, a taxação dos super-ricos, o fim da escala 6x1 e a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. Também estamos aqui para dialogar com a pauta estadual: Mato Grosso, Estado rico para quem? Porque aqui, a concentração de renda é vergonhosa.”
O Sintep-MT reafirmou a cobrança por respeito aos servidores públicos de Mato Grosso, cuja defasagem salarial chega a 19,52%. “Estudos mostram que o orçamento do governo está abaixo do limite de gasto, sendo possível pagar o que é de direito dos servidores”, afirmou Henrique Lopes.
.jpeg)
O ato, organizado pelo Fórum dos Direitos Humanos e comunidades eclesiásticas de base, com apoio das entidades e movimentos sociais, também defendeu o direito à vida. O arcebispo de Cuiabá, Dom Mário Antônio da Silva, participou da manifestação mesmo após sofrer ameaças e ataques virtuais por sua convocação à participação social.
“Que este grito ecoe não apenas nas ruas, mas também nas comunidades e nos corações, como construtor de justiça, paz e vida plena para todos. Caminhar e olhar a realidade em nome do Evangelho. Avancemos nas nossas ações e nas ações sóciotransformadoras,” disse Dom Mário.
(1).jpeg)
A mobilização também contou com manifestações do movimento LGBTQIAPN+, que destacou a luta contra a violência à população LGBTQIA+, às mulheres e, em fez referência em escala global, contra a opressão ao povo palestino, o genocídio que mata milhares de pessoas, entre elas crianças.
