Sintep-MT realiza reunião com coordenadores pedagógicos para tratar demandas específicas

Uma reunião virtual ocorrida ontem (09/06) com participação de coordenadores pedagógicos do estado alertou sobre o sucateamento da função nas escolas estaduais. O debate, realizado com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), registrou os problemas enfrentados pelos educadores, que vivenciam a sobrecarga de trabalho, o cancelamento de direito a férias e o achamento salarial.

“Os coordenadores pedagógicos estão angustiados diante das ações da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) desrespeitando o atendimento do que são as políticas de educação e a legislação da carreira”, relata o presidente o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, que mediou a reunião.

Segundo o diretor regional da Oeste I, Baixada Cuiabana, Ricardo Assis, que participou das discussões, o coordenador escolar deixou de executar as atribuições definidas pela legislação da carreira, para apagar fogo, conforme os interesses da Seduc. “Há uma sobrecarga de trabalho que tem adoecido os profissionais”, relatou o dirigente sindical, que também é diretor de escola. 

Para o professor João Dias, que está na coordenação pedagógica da escola estadual, as demandas do segmento não são poucas. Conforme ele, desde o início do ano, os coordenadores estão sobrecarregados. Um dos exemplos, se dá com a falta de professores contratados, em razão de licenças ou mesmo preencher vacância. “A DRE’s nos surpreendeu com mais essa função, de assumir aulas. E tem sido feito de forma desorganizada, tapa buraco”, destacou. 

Conforme ele, a sobrecarga foi agravada depois que a Seduc-MT emitiu a Orientação Técnica 034/2022, proibindo os profissionais a tirarem férias entre 01/07/2022 a 21/12/2022. “Temos coordenadores sem férias desde o ano passado, e que, devido a demanda, tiveram férias canceladas no início do ano. Sequer usufruíram das férias coletivas, e agora foram mais uma vez surpreendidos com Orientação Técnica da Seduc-MT”, relata o professor.

“Precisamos fazer o levantamento, para além daqueles que estão elencados nas nossas resoluções do Conselho de Representantes, para dar conta de dialogar com todos os trabalhadores que estão atuando no espaço das escolas e estão sendo desrespeitados naquilo que é direito”, concluiu Valdeir Pereira.