Sintep-MT confirma o poder da comunidade escolar na reabertura da escola de Alto Taquari
Pressão da comunidade escolar ao MPE retoma o prédio da EE Denis Manerich de Oliveira, em Alto Taquari
Publicado: 04/02/2025 17:04 | Última modificação: 04/02/2025 17:04
Escrito por: Roseli Riechelmann

A confusão criada pelo governo Mauro Mendes com fechamento de escolas estaduais à revelia da comunidade escolar, recebeu um novo desfecho favorável aos estudantes e profissionais de Alto Taquari (480 km sudoeste de Cuiabá) por meio de decisão judicial. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) parabeniza a ação da promotoria de Justiça de Alto Araguaia, determinando a reabertura da Escola Estadual Denis Manerich de Oliveira no prazo de 72 horas.
A insatisfação da comunidade escolar com o fechamento sem consulta, levou o Ministério Público Estadual a decidir pelo retorno da ocupação do prédio escolar reivindicado. A imposição do governo que desorganizou toda a estrutura das famílias, bem como a organização da escola, uma das melhores colocadas no ranking de qualidade educacional do estado.
As denúncias sobre a movimentação feita pelo governo na escola de Alto Taquari teve voz com o então vereador e professor Fábio Júnior, filiado ao Sintep-MT. Em 2024, as queixas da comunidade escolar também chegaram à Câmara Municipal.
Leia aqui: Fechamento de escola estadual gera fila por matrículas em Alto Taquari

Na ocasião do fechamento, a imposição da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) se baseava no fato do prédio pertencer ao município e ter estrutura inadequada para os estudantes matriculados. Apesar do bom funcionamento, mais uma vez o governo mexeu na organização e fechou a EE Denis Manerich de Oliveira, transferindo os estudantes para o que considerou “melhores instalações”. Os estudantes foram remanejados para o prédio da escola estadual Carlos Irigaray. A alegação era de que havia vagas suficientes, contando com parte das matrículas no período noturno.
Segundo relatos dos profissionais, o prédio da EE Carlos Irigaray possui apenas um banheiro feminino e outro masculino para o corpo docente, sendo ao todo 40 professores. “Tem fila para usar os banheiros. Sem contar que não há espaço suficiente na sala dos professores para todos no período de hora-atividade. As salas de aulas estão superlotadas. Problemas gerados pela falta de análise, de estudos sobre os impactos que gerariam a junção das escolas”, relatam os trabalhadores da educação
Na decisão pela reabertura da escola pelo MPE, fica estabelecido que o governo faça a consulta tardia às famílias, com participação do Conselho Municipal de Educação, além de um estudo técnico comprovando a necessidade de fechamento da unidade do ponto de vista logístico, cultural, social e pedagógico.
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