Sintep-MT participa de ato público contra PEC 32 chamado pelas centrais sindicais
No próximo dia 28, a partir das 16h, na Praça Ipiranga, em Cuiabá, com caminhada pela região central da capital
Publicado: 24/10/2022 17:52 | Última modificação: 24/10/2022 17:52
Escrito por: Roseli Riechelmann
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) convoca os servidores públicos da educação estadual e municipais para se juntarem à mobilização chamada pelas Centrais Sindicais, para o próximo dia 28 de outubro, Dia do Servidor Público, contra a PEC 32. A Reforma Administrativa do governo Bolsonaro, quer acabar com o Estado de bem-estar social e privatizar direitos fundamentais. O Ato acontece em Cuiabá, no dia 28 a partir das 16h, na Praça Ipiranga, área central da cidade.
A Reforma Administrativa ou PEC 32 entrega os recursos públicos para que empresas privadas administrem as unidades escolares e demais instituições públicas. “Tudo o que for privatizado tem como foco o lucro e não bem estar social”, alerta o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.
Para Valdeir Pereira, a estratégia de deixar a boiada passar não será aceita, sem resistência. Ao longo dos últimos quatro anos, os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público estadual sentiram na pele os ataques aos próprios direitos, resultado de medidas administrativas que iniciam no estado, as práticas defendidas pelo governo Bolsonaro que, em Mato Grosso, tem como aliado o governador Mauro Mendes.
“Os cortes nos direitos das carreiras já estão sendo sentidos pelos servidores do estado, que estão sem Concurso Público, com calote de quatro anos da RGA integral, descumprimento das leis de carreira, terceirizações no serviço público, desmonte da Previdência, confisco das aposentadorias. Além do recente anúncio de valorização dos profissionais da educação mediante avaliação de desempenho, revela que nada é tão ruim que não possa ser piorado”, destaca o presidente, Valdeir Pereira.
O fim na estabilidade dos servidores é apenas uma das ameaças trazidas para a sociedade com essa Reforma Administrativa, que retoma tramitação no Congresso Nacional, ainda no atual governo. A Reforma compromete os direitos aos serviços públicos gratuitos e políticas de estado, aquelas que independem de governos, pois estão asseguradas na Constituição Federal.
Ao fazer emendas na Constituição para atender aos interesses do mercado financeiro, a população fica vulnerável a projetos desses grupos. “Pelo que temos visto na alta da inflação e nas filas dos ossinhos, com certeza é um projeto que exclui aqueles que mais necessitam das políticas sociais”, conclui o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT) e dirigente do Sintep-MT, Henrique Lopes, um dos que convoca o ato.