Sintep-MT faz a defesa do adicional de insalubridade suspenso na rede municipal de Juara


Prefeitura do município cortou o pagamento do repasse do adicional para merendeiras e pessoal da infraestrutura

Publicado: 08/07/2024 18:59 | Última modificação: 08/07/2024 18:59

Escrito por: Roseli Riechelmann

REPRODUÇÃO

O presidente do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso), Valdeir Pereira, registrou em vídeo a indignação contra a atitude da prefeitura de Juara, que cortou o pagamento de adicional de insalubridade das funcionárias da educação da rede municipal, sem qualquer justificativa.

“As funcionárias da nutrição escolar (merendeira) e infraestrutura (limpeza) estão expostas a riscos. No caso da merendeira, pelas constantes mudanças de temperatura, durante o período de preparação dos alimentos e pelo peso das panelas. Assim como, os trabalhadores da limpeza ao manusear produtos tóxicos e, ainda, a contaminação de ambientes públicos, como banheiros”.

A negociação consolidada entre prefeitura e Sintep/Juara foi para a concessão do adicional de insalubridade que, após quatro meses, foi desfeita pelo setor de recursos humanos da Secretaria Municipal de Educação. Por meio de ofício, encaminhado para as escolas, comunicou a decisão da suspensão definitiva do adicional do pessoal da infraestrutura e que, assim que instalassem ar-condicionado nas cozinhas, o mesmo ocorreria com as merendeiras. Uma compensação infundada, conforme o sindicato, que apoia a manifestação judicial das trabalhadoras pela manutenção do pagamento.

Conforme a presidente da subsede do Sintep/Juara, professora Tatiane Vasselli, a suspensão do adicional foi recebida com surpresa pela categoria, após a luta para conquistar o direito. “Apesar de estarem na carreira da educação, as administrações municipais ignoram o direito salarial do segmento, desde 2012, quando iniciou um processo de desvalorização”, destaca.

As áreas de técnico administrativo e apoio administrativo escolar na rede municipal de Juara acumulam perdas recorrentes por parte do poder público. “Na tabela salarial da prefeitura onde estão enquadrados os trabalhadores da educação com ensino médio, não profissionalizados, sequer recebem o salário mínimo. A prefeitura complementa o salário para atingir o mínimo nacional”, destaca Tatiane, que soma a essa indignação o fato de serem expostas a riscos sem compensação do adicional.

A prefeitura de Juara não realiza concurso público desde 2018, ocupando as vagas com contratos precários. A prática da administração de Juara contraria as defesas do Sintep-MT, que tem como bandeira a educação de qualidade. Todos na escola são educadores e precisam ser valorizados.