Sintep-MT faz a defesa de uma política de valorização salarial no governo Mauro Mendes


Trabalhadores da educação preparam marcha para cobrar do governo a valorização salarial dos profissionais para os próximos quatro anos

Publicado: 26/05/2023 12:40 | Última modificação: 26/05/2023 12:40

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/Francisco Alves

No recente debate de conselheiros estaduais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), dias 20 e 21 de maio, estudos apresentados comprovaram que a valorização salarial dos profissionais da rede estadual é “possível, praticável e legal".  A defesa apresentada resultou na agenda de enfrentamento por uma política a ser implementada nos próximos quatro anos. A defesa será apresentada à sociedade em um ato público, no mês de junho, com mobilização estadual, na capital. Na tentativa de reafirmar o direito, negado pelo governo, desde 2019.

Saiba mais: Conselho de Representantes do Sintep-MT define agenda de mobilizações

A meta 17 do Plano Nacional de Educação, elaborado em 2014, foi reafirmada nos debates. A política, antecipada em Mato Grosso pela Dobra do Poder de Compra de 2013 (então Lei 510/2013), recuperou os salários da categoria, por um período de cinco anos. Contudo, a interrupção da valorização, sem apresentação de uma proposta substitutiva, descumpriu a meta 17 e regrediu os salários dos trabalhadores da educação aos menores patamares do executivo estadual. 

Estudos financeiros apresentados à categoria revelaram que, atualmente, a média salarial das demais carreiras do executivo com mesmo nível de formação é, em média, de R$ 9 mil, enquanto os trabalhadores da educação estão com média salarial de R$ 6 mil.

Sintep-MT/Francisco Alves
Presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, cobra do  governo estadual implantação da valorização salarial para os profissionais da educação

Para o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, é preciso desvelar a ilusão de que a Gratificação Anual por Eficiência e Resultado representará 14º e 15º salários, como anuncia o governo. “O que está posto é uma medida meritocrática, com base em eficiência e resultados, que levará os trabalhadores a serem subjugados pelas atrocidades de sobrecarga de trabalho e responsabilização por resultados”.

Conforme constatado pelo projeto feito à época da 510, a projeção de valorização prevista para dez anos, pelo então diretor do Sintep-MT, professor Júlio Viana, era e é possível. As análises elaboradas neste 2023, confirmam que é praticável ainda no atual governo Mauro Mendes. “O orçamento do estado cresceu conforme a projeção, o que sempre possibilitou a recomposição salarial dos trabalhadores da educação”, destacou o presidente Valdeir Pereira.

Confira a entrevista do Presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, sobre a defesa de uma política de valorização salarial e contra medidas meritocráticas do governo do estado.