Sintep-MT faz a defesa da abordagem sobre Violência de Gênero no currículo escolar

A notícia divulgada nesta data de 1 de agosto na mídia nacional sobre o estupro cruel de uma jovem de 22 anos, que foi arrebatada por um agressor sexual enquanto estava desacorda na calçada de casa, exige não apenas uma punição severa ao estuprador e todos envolvidos, além de uma reflexão profunda sobre a necessidade de abordar questão da violência contra a mulher e de gênero, no ambiente educacional.

Para o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), casos semelhantes de violência devem ser tratados como conteúdo formativo nas salas de aula.

A secretária de Políticas Educacionais do Sintep-MT e dirigente nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade, enfatiza a necessidade de incluir temas como Violência Contra a Mulher e questões de gênero no currículo escolar.

"A temática precisa ser incorporada ao conteúdo curricular das escolas", afirma Guelda. A abordagem desses assuntos em sala de aula pode contribuir para combater a naturalização de práticas violentas, como ocorre nesse caso específico, em que a população tende a justificar o ato criminoso do estuprador baseado na condição vulnerável da vítima. “É crucial desconstruir essa visão e promover o respeito mútuo entre todas as pessoas, independentemente do gênero, raça, credo ou orientação sexual. A educação desempenha um papel fundamental nesse processo de conscientização e mudança de concepção”, destacou Guelda Andrade.

Quanto à vítima, que foi encontrada jogada desfalecida numa área próxima à sua casa, ela se recupera física e mentalmente da violência, com apoio da família. O suposto estuprador foi detido após câmeras de segurança das ruas o identificarem. Eventos como esse reforçam a importância de uma abordagem educacional abrangente, que promova a igualdade de gênero e o respeito às diferenças.