Sintep/MT debate o papel do Estado para a volta às aulas com segurança


Em tempos de pandemia os educadores, profissionais, familiares, toda a sociedade correm risco por descompromisso do governo

Publicado: 23/02/2021 16:27 | Última modificação: 23/02/2021 16:27

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/MT

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) realiza dia 25 de fevereiro, quinta-feira, a partir das 18h30, nova rodada de conversa sobre  “O Retorno às Aulas e o Papel do Estado, no que tange a garantia de vacina, infraestrutura adequada e contrato de trabalho”. A atividade terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do Sintep/MT - facebook (Sintep de Luta) e youtube do Sintep/MT. 

Participarão do debate Henrique Lopes, presidente da CUT-MT e secretário de Rede Municipais do Sintep/MT; a secretária Geral da CNTE e vice-presidente da IEAL (Internacional da Educação para a América Latina), professora Fátima Silva; Eduardo Ferreira, assessor político e jurídico da CNTE. A mediação será da secretária de Políticas Educacionais do Sintep/MT, Guelda Andrade.

A secretaria de Políticas Educacionais Sintep/MT tem apresentado de forma recorrente Lives que reafirmam as defesas do Sindicato sobre a volta às aulas presenciais nesse período de pandemia. O objetivo é esclarecer a sociedade, e não apenas a categoria, sobre os impactos que a medida terá na população, caso o governo estadual permanece negligenciando ações efetivas para assegurar vidas.

“Ninguém mais que os profissionais da educação e o próprio sindicato anseiam pelo retorno às aulas presenciais. Contudo, defendemos que ela seja feita com segurança. E isso só estará garantido quando todos estiverem vacinados; profissionais e estudantes. A prioridade hoje é a vida. Estamos vendo nova superlotação dos leitos de UTI nos hospitais, uma nova cepa do Coronavírus, uma nova onda de infecção que torna muito complicado pensar em volta às aulas presenciais”, destaca Guelda Andrade.

Segundo a dirigente, o período de aulas remotas não está sendo fácil nem para os estudantes nem para as famílias, que precisam dar suporte e muitas vezes não têm como.  O momento é desafiador para todos.  

Conforme Guelda, o Sindicato tem apresentado inúmeros caminhos para minimizar o impacto na Educação Pública de Mato Grosso. Mas esbarram na inoperância do governo do estado, que foca no retorno às aulas presenciais, mas não agiliza a vacinação para toda a população, tampouco estabelece um atendimento com mais efetividade, com redução de  turmas de 30 para 15 a 20 estudantes e contratação de profissionais que além de garantir a qualidade da educação estará garantindo emprego e renda para aqueles que estão fora da escola.

“O cenário como esse exige atenção individualizada para os estudantes, um olhar mais de perto mesmo estando distante. O momento é excepcional e o governo do estado está tratando a situação com normalidade. No momento que exige mais sensibilidade, qualidade, humanidade e investimentos”, destacou Guelda.

O debate virtual pretende por meio de diferentes pontos de vista trazer a defesa da qualidade da educação, apesar da pandemia. “Estrutura, projeto pedagógico que resgate essas perdas desses estudantes, mais profissionais, além de exigirmos do governo a responsabilidade por um Estado que garanta as políticas públicas para esses cidadãos e cidadãs que pagam impostos e querem vê-los revertidos em benefícios sociais”, concluiu.

Fonte: Sintep/MT