Sintep-MT convoca paralisação estadual em protesto contra o "desmonte da educação"
A mobilização reunirá educadores de todo o estado em Marcha estadual contra o descaso estabelecido e cobra diálogo com os governantes
Publicado: 06/06/2023 17:37 | Última modificação: 06/06/2023 17:37
Escrito por: Roseli Riechelmann/Sintep-MT

No dia 28 de junho, educadores da rede estadual de Mato Grosso realizarão uma Marcha estadual com um dia de paralisação das atividades. Objetivo é cobrar política de valorização salarial e respeito à carreira. A mobilização organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) terá caravanas de todo o estado, em Cuiabá.
O ato é uma manifestação às medidas arbitrárias adotadas pelo governo Mauro Mendes (União Brasil), que está atacando as conquistas da educação estadual e dos educadores. Alterações arbitrárias na estrutura da lei de carreira, comprometimento nas conquistas por valorização salarial, ampliação da jornada de trabalho e gestão arbitrária dentro e fora das escolas, integram as queixas dos trabalhadores da educação.

A valorização salarial, maior bandeira da Marcha, cobra do governo a retomada da política de poder de compra dos salários, desrespeitada pela gestão Mauro Mendes nos últimos cinco anos. Desde de que tomou posse o governo descumpre com a Lei da Revisão Geral Anual, que recompõem perdas inflacionárias, e ainda, provocou o Ministério Público para tornar nula a Lei da Dobra do Poder de Compra – Lei 510/2013, após cinco anos de vigência com conclusão em 2023.
A Lei 510/2013 foi uma conquista de repercussão nacional, pois antecipou até mesmo o que foi previsto na meta 17, do Plano Nacional de Educação (2014/2024). O PNE estabelece que os estados brasileiros devam assegurar aos profissionais da educação salários no mesmo patamar dos demais trabalhadores do executivo, com o mesmo nível de formação. Conforme estudos realizados pelo Sintep-MT, a média salarial dos trabalhadores do poder executivo, com o mesmo nível de formação é cerca de R$ 9 mil, enquanto os profissionais da educação a média são de R$ 6 mil.
O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, afirma que a paralisação é um instrumento legítimo de protesto, utilizado como alerta para que os governos abram canal de diálogo diante de uma situação limite. “A melhor paralisação é aquela que não ocorre, pois existe interlocução com entre as partes para atingir pontos de equilíbrio nas disputas de interesses”, destaca o presidente
:: Materiais de divulgação - Paralisação Rede Estadual 28 de junho (2023)
