Sintep-MT amplia participação histórica no Grito dos Excluídos e Excluídas em 2024
A mobilização reforçou os 30 anos do evento dando voz às pautas educacionais, que impactam o direito à cidadania e vida digna da população
Publicado: 09/09/2024 16:39 | Última modificação: 09/09/2024 16:39
Escrito por: Roseli Riechelmann
O dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, foi marcado em Mato Grosso com o aumento da participação das representações sociais, populares, organizações e entidades sindicais. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) , que tem participação histórica na mobilização, reforçou a 30ª edição do evento, em Cuiabá, dando voz às pautas educacionais, que impactam o direito à cidadania e vida digna da população.
O ato realizado na região do Porto, na capital, apresentou manifestações cobrando garantia de acesso e permanência nas escolas públicas, aprendizagem de qualidade; respeito aos estudantes, valorização dos trabalhadores, dignidade aos idosos, previdência social digna, mais investimentos em políticas sociais. O objetivo foi dar visibilidade aos segmentos minorizados da sociedade como a população negra, os indígenas, mulheres, LGBTQIA+, população em situação de rua, movimentos que lutam por moradia digna entre vários outros.
Os 30 anos do Grito dos Excluídos e Excluídas de 2024 levou para as ruas o lema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. A manifestação reforça a atuação das pastorais sociais ligadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e se firmou ao longo de três décadas, como um espaço de denúncia das desigualdades sociais.
O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, ressaltou a necessidade das autoridades mato-grossenses incluírem na pauta a Educação Pública de qualidade, socialmente referenciada. Defendeu o direito à educação infantil de tempo integral, a Educação de Jovens e Adultos, formação de qualidade para todos os estudantes e, principalmente, os estudantes com deficiência. Conforme o dirigente, não basta apenas incluí-los é preciso garantir a aprendizagem.
“É fundamental que este ano, com as eleições municipais, essas pautas sejam observadas pela população na escolha dos candidatos. Precisamos garantir políticos comprometidos com as defesas sociais, saúde, educação e segurança”, destacou.
A secretária das Mulheres da CUT-MT e secretária de Seguridade Social do Sintep-MT, Angelina de Oliveira Costa, explica que o grito é um ato simbólico, de grande importância para lembrar a que a independência precisa se concretizar de fato. Por isso é um momento de denúncia e também de fortalecimento dos sujeitos na atuação dos processos de transformação da sociedade. “O nosso grito é por justiça social", afirmou.
O Grito dos Excluídos e Excluídas existe desde 1995, mas foi fortalecido nos últimos anos após o aumento da fome, da degradação ambiental, além de reafirmar a defesa pela inclusão dos segmentos marginalizados socialmente.