Sintep Castanheira faz debate virtual para tratar retrocesso na valorização profissional


Sem recomposição salarial desde 2019 os educadores sofrem ainda com a redução das alíquotas de correção salarial do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS).

Publicado: 19/03/2021 09:24 | Última modificação: 19/03/2021 09:24

Escrito por: Roseli Riechelmann

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Um debate virtual entre a direção central e a regional do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep/MT) com a subsede do sindicato de Castanheira (779 km da capital), revelou a política de empobrecimento enfrentada pelos profissionais da educação na rede municipal, naquele município. Sem recomposição salarial desde 2019 os educadores sofrem ainda com a redução das alíquotas de correção salarial do Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS).

Segundo relatou a presidente da subsede do Sintep/MT, em Castanheira, Keli Cristina Alves de Castro, há quatro anos a prefeitura e a Câmara Municipal mexeram no PCCS da categoria, reduzindo o valor das alíquotas que corrigem o piso salarial, em caso de qualificação profissional. “Com a alteração, mesmo que o trabalhador saia da condição de formação média para licenciado o salário não altera, pois o valor do piso fica praticamente o mesmo. Somado ao arrocho na recomposição salarial, a correção salarial está inversa, com defasagem”, relata

“Os desafios para a valorização salarial estão difíceis em todo o estado. Contudo, em Castanheira é ainda pior. Não estamos só com estagnação nos ganhos, estamos tendo redução salarial”, afirma. 

Conforme a dirigente, a última conversa com a administração municipal foi em março de 2020, há um ano. “Por mais que estejamos regularmente cobrando, a pandemia tem sido usada para justificar retrocesso na carreira e no salário”, disse. 

O encontro virtual contou com a participação do presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira, e a direção regional do Sindicato, Carlito Rocha. Na ocasião, Valdeir Pereira apresentou para os profissionais estratégias para serem implementadas. Uma delas foi é a necessidade da maior participação dos profissionais no processo e cobrança. Valdeir relatou que os cenários nacional e estadual colaboram para as argumentações dos gestores municipais. Contudo, não há justificativas para retirada de direitos. “Direitos não se negociam”.

O debate com a subsede reafirmou o diálogo promovido durante o Encontro de Redes Municipais do Sintep/MT, em que o cenário de retrocessos nas redes municipais foi uma constante entre os relatos apresentados e o fato de que para modifica-lo apenas com resistência. 

Fonte: Sintep/MT