Sintep/Alto Paraguai anuncia Estado de Greve dos profissionais na luta pelos 33,23%

Os trabalhadores da educação da rede municipal de Alto Paraguai (178 km da capital) deliberaram pelo Estado de Greve, no último dia 9 de fevereiro. A categoria cobra da Prefeitura municipal a recomposição salarial de 33,23%, conforme definido nacionalmente no Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).  

A presidente da subsede do Sintep/Alto Paraguai, Márcia Araújo Gomes, alerta para o fato de que a rede municipal de Alto Paraguai tem um dos piores piso salarial dos profissionais da educação, do estado. Conforme a dirigente, a administração municipal sequer paga o valor proporcional do PSPN, para a jornada de 26h. 

“A remuneração inicial para professores com magistério em Alto Paraguai é de R$ 1662,52. A desvalorização profissional vem ocorrendo desde que a lei 11 738/2008 entrou em vigência”, disse. O Sindicato está fortalecendo o debate com os profissionais para, caso não ocorra a recomposição salarial, deflagrem greve.

O lançamento da luta por valorização salarial em 2022 no município de Alto Paraguai iniciou-se já na solenidade de abertura do ano letivo, promovida pela Secretaria Municipal de Educação. Durante o evento, realizado no ginásio de esporte “Erivan de Santana”, os dirigentes do Sintep/Alto Paraguai elencaram os desafios para as aulas nas unidades.

Entre os pontos questionados pela categoria esteve a finalização das obras nas escolas municipais. “O ano letivo começou e as obras nas escolas municipais ainda não foram concluídas. As aulas estão ocorrendo dentro do canteiro de obras”, alerta Márcia Gomes. A infraestrutura escola faz parte da luta da categoria, que fará o enfrentamento para negociar a recomposição salarial, referente a 2020, de 12,84%, e atualização do PSPN de 2022, 33,23%.