Sem respostas às pautas, profissionais da educação organizam a greve na rede municipal
Prefeitura não avança para o diálogo com profissionais que tentam reverter perdas salarial
Publicado: 27/01/2023 15:51 | Última modificação: 27/01/2023 15:51
Escrito por: Roseli Riechelmann
Os profissionais da educação da rede municipal de Rosário Oeste participaram, ontem, quinta-feira (26/01/2023), de uma Assembleia Geral convocada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no município(128 km de Cuiabá). O objetivo foi deliberar as ações da greve marcada para o início do ano letivo.
A partir do dia 06 de fevereiro, data do início do ano letivo na rede municipal, os profissionais programam acampar na prefeitura, enquanto o prefeito Alex Berto não apontar para uma negociação aos três pontos prioritários da pauta: cumprimento do Piso Salarial de 2023 (R$ 4.420,55); Jornada única de 30 horas; e, pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) da categoria.
A defesa pelo pagamento do piso salarial dos profissionais da educação é pauta recorrente no município, cuja as perdas salariais saltaram ainda mais em 2023, devido a correção do piso salarial nacional, que é o valor mínimo a ser pago no país, aos trabalhadores da educação. O achatamento salarial integra o desmonte promovido pelo prefeito na valorização profissional dos educadores, que estão também sem a correção da inflação sobre os salários, o chamado RGA.
Segundo Joildo Jovino de Oliveira, presidente da subsede do Sintep/Rosário Oeste, a carreira da educação está cada vez mais distante dos interesses dos jovens, pela falta de compromisso dos governos e falta de respeito com as legislações, que asseguram direitos aos profissionais da educação pública.
A jornada única de 30 horas, é outra defesa dos educadores para assegurar qualidade de vida aos trabalhadores da educação. A lei de Carreira (nº 1.243/2011) foi alterada e ampliou a jornada de parte da categoria para 40 horas, sem consenso com o Sindicato ou trabalhadores. “Esperamos que a administração apresente uma proposta de cumprimento dos nossos direitos, porque acreditamos que a melhor greve é a que não acontece”, concluiu.