Devido aos atrasos salariais, subsede convoca assembleia e ato público para sexta-feira (25)


A assembleia será realizada às 7h, na Escola Municipal Felismino Francisco de Almeida para deliberar sobre a situação dos educadores da rede municipal.

Publicado: 23/07/2025 17:03 | Última modificação: 23/07/2025 17:03

Escrito por: Lina Obaid

Sintep-MT

A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) em Jangada, convoca assembleia geral nesta sexta-feira, 25/07. O principal motivo é a falta de pagamento dos salários dos educadores, desde o final do mês de maio. 

A subsede vem exigindo da Prefeitura a recomposição salarial, que hoje está com perdas acumuladas em 32,84%; bem como o pagamento do piso nacinal; a implementação de gestão democrática nas unidades escolares; a realização de concurso público para suprir a carência de profissionais efetivos e a alteração do Artigo 46 da Lei Municipal nº 609/2014, que trata da jornada dos motoristas da educação.

Mas, apesar da categoria ter suspendido a greve, como sinal de boa-fé, a prefeitura segue massacrando os trabalhadores da educação, e com a falta de pagamento, os colocando em situação de falta de dignidade humana, conforme explica a presidente da subsede Sintep/Jangada, Célia Costa. 

“Nós somos servidores e merecemos ser tratados com respeito e dignidade. Nós dedicamos a vida por décadas e décadas para a educação, e agora muitos estão com o psicológico e a saúde me geral afetada pelo descaso e insegurança. Isso não é justo e o Sintep/jangada vai lutar até o fim em defesa destes trabalhadores e trabalhadoras da educação”, frisou.

A dirigente ainda reforça que o Município vem agindo com o tratamento de silencio, com a categoria, “pois não respondeu a nenhum ofício em todos estes meses, desde que começamos a greve lá em maio. E isso tem afetado os educadores das mais diversas formas”.

“Ele [o prefeito] cortou o nosso salário deixando a nós profissionais passar por necessidades, bagunçado a nossa vida financeira, deixou de cabeça para baixo, e afetando o nosso psicológico com acumulo de obrigações de pagamentos e sem diálogo. Em todos estes nãos, esta é a primeira vez que ficamos sem receber nossos salários. É triste viver assim, sem expectativa de avanços na qualidade de ensino e desvalorização dos profissionais da educação”, declarou Daisy Divina de Almeida, merendeira, efetiva em Jangada há 27 anos. 

Desequilíbrios de saúde física também afetaram bastante aos trabalhadores, conforme explica Melquisedeque Araújo dos Santos, professor em Jangada há 34 anos.

“Eu já sou diabético há cerca de quatro anos, e tomo insulina. E agora com esta situação drástica que estamos passando, com a falta de salários, me falta dinheiro para comprar o medicamento básico para cuidar da minha saúde e preciso comprar o glicosímetro - máquina de mede o nível de glicose no sangue. A sceretária de Educação chegou a se oferecer para comprar os itens, mas eu me recuso, pois sou servidor, tenho meu emprego e minha dignidade. É indignante ter que passar por isso, mesmo sendo efetivo com mais de 3 décadas de profissão”, frisou. 

A subsede Sintep/Jangada reitera que a luta segue, até que as exigências sejam atendidas, com respeito, diálogo e dignidade a todos os trabalhadores da educação de Jangada.

Documento protoclado pela subsede Sintep/Jangada nesta terça (22), infrmando prefeitura sobre greve e ato público.