Secretaria de Redes Municipais do Sintep-MT apresenta viabilidade do piso em Apiacás

O Secretário de Redes Municipais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, esteve na última semana, no município de Apiacás (distante 990 Km de Cuiabá). Na ocasião, o sindicalista, que estava acompanhado do Secretário-Adjunto de Comunicação do Sintep, Edevaldo José, se reuniu com os educadores para apresentar dados referentes à viabilidade do executivo municipal aplicar o piso nacional dos profissionais do Magistério.

Atualmente, os trabalhadores da educação da rede municipal seguem com a remuneração defasada, visto que o piso inicial da carreira na cidade é de R$ 2.382,45, muito abaixo do piso nacional. “O nosso objetivo é contribuir com os companheiros no sentido de trazer à luz esses números e projeções, e deixá-los conscientes de que é necessário reivindicar que os recursos da educação sejam empregados, de fato, na valorização profissional. Pelo que levantamos sobre os recursos públicos e projeções de arrecadação, a gestão no município de Apiacás tem plenas condições de reajustar a remuneração dos trabalhadores de acordo com o reajuste anunciado pelo governo federal, de 33,24%, com piso inicial de R$ 3.845,63”, disse Henrique Lopes.

O secretário de Redes Municipais do Sintep também visitou os municípios de Alta Floresta e Nova Monte Verde e, segundo ele, ao comparar as receitas do Fundeb de um ano para outro em ambos os municípios, o resultado é positivo. “Ao fazer a análise dessas receitas, constatamos que há viabilidade financeira para implementarem o piso nacional para os educadores. O que precisa é vontade política e gestores que tenham compromisso com a educação e com a valorização profissional”, destacou Henrique Lopes.

A Diretora Regional da Nortão II, Ilmarli Teixeira, destacou a importância da categoria ter conhecimento desses números. “Nós tivemos um resultado muito positivo após essa reunião, no sentido de mobilização da categoria. Temos que fazer a luta para que os recursos da educação não sejam usados apenas eventualmente para a valorização dos profissionais, como ocorreu com o rateio do Fundeb. Precisamos ter em mente que esse recurso (do rateio) não está sendo incorporado nos proventos mensais dos trabalhadores. Nossa luta é essa, de que os salários tenham seus reajustes regulares, para que a inflação não venha a destruir o poder de compra dos educadores, como ocorre hoje”, disse Ilmarli.

A sindicalista ainda citou que em janeiro deste ano, o prefeito de Apiacás concedeu um reajuste de 10,06% nos proventos dos educadores, e que, ainda assim, o piso no município está longe de ser justo. “Pelos dados que tivemos acesso, sabemos que é possível aplicar o reajuste e equiparar os salários dos trabalhadores ao piso nacional. Nosso trabalho agora é seguir mobilizando a categoria para cobrar a gestão”, finalizou Ilmarli.