Reunião com a Seduc-MT Aborda Questões Administrativas e Educacionais


As demandas relacionadas à questões salariais e previdenciária serão discutidas posteriormente, em uma segunda reunião.

Publicado: 07/09/2023 12:09 | Última modificação: 07/09/2023 12:09

Escrito por: Sintep-MT

Sintep-MT/Jadson Barbosa

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) participou de uma reunião crucial na última quarta-feira (06), que contou com a presença de autoridades como o Secretário Adjunto Executivo de Educação, Amauri Monge Fernandes, e outros representantes da Secretaria de Educação do Estado. O encontro teve como foco principal discutir questões que têm afetado o funcionamento administrativo e pedagógico das escolas.

As demandas relacionadas a questões salariais e previdenciárias, listadas como parte das reivindicações, serão discutidas posteriormente em uma segunda reunião, que contará com a participação de outras secretarias do governo. O secretário afirmou que a agenda será definida até a próxima semana.

Embora o Secretário de Estado de Educação, Alan Porto, não tenha estado presente na reunião, a equipe da Seduc-MT abordou de forma detalhada os pontos levantados nas reivindicações da categoria, discutindo-os à luz das políticas implementadas pelo governo.

Sintep-MT/Jadson Barbosa

Durante a reunião, o presidente do Sintep-MT trouxe à tona a questão do sistema de controle de assiduidade, conhecido como Webponto, que tem sido alvo de inúmeras críticas de profissionais da educação devido à inconsistência nos registros. A Secretaria anunciou a tomada de medidas administrativas para solucionar o problema, tanto por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão, responsável pelo programa, quanto com correções específicas na Seduc-MT.

Outros tópicos discutidos incluíram a aplicação de provas externas (Caed) nas escolas, o que gera sobrecarga de trabalho para os professores, bem como casos de superlotação de turmas, incluindo o número de alunos com deficiência por turma. A Seduc-MT solicitou que o Sintep-MT fornecesse informações detalhadas sobre as escolas onde esses problemas ocorrem, argumentando que são situações pontuais e que não há uma orientação central para a superlotação de turmas. A Seduc-MT afirmou que orienta o cumprimento das normas e portarias.

Outros temas abordados incluíram o impacto do redimensionamento de profissionais entre o estado e os municípios, bem como a falta de transparência nos Termos de Cooperação. Questões relacionadas às reformas nas escolas, com obras ocorrendo simultaneamente às aulas, e à locação de prédios inadequados também foram discutidas, uma vez que essas situações têm prejudicado a aprendizagem dos alunos.

A dirigente estadual do Sintep-MT de Colíder, Edina Martins, destacou a importância da qualidade das políticas pedagógicas, especialmente o uso da tecnologia. Ela ressaltou que a presença de computadores nas escolas é ineficaz se os estudantes, especialmente os das áreas rurais, não têm acesso à internet. Isso acaba prejudicando duplamente os alunos, pois eles não podem utilizar o serviço devido à falta de sinal de internet, comprometendo assim sua aprendizagem.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, expressou sua preocupação com a falta de comunicação entre o governo e o sindicato, que representa os profissionais da educação. Ele enfatizou que as demandas e cobranças feitas pelo Sintep-MT muitas vezes não recebem resposta por parte dos gestores, e quando as medidas são implementadas, chegam sem diálogo com a categoria. Ele espera que futuras reuniões ocorram para evitar a acumulação de demandas trazidas pelos educadores.

Outros pontos discutidos na reunião serão encaminhados às subsedes do Sintep-MT assim que o governo fornecer uma resposta oficial. Esses tópicos incluem transporte escolar, concurso público, segurança nas unidades escolares (vigias), sobrecarga de trabalho de professores e coordenadores devido à Busca Ativa, aprovação automática de estudantes infrequentes nas unidades escolares, sistema estruturado, obras nas unidades escolares, web ponto, computadores e internet para os trabalhadores da educação, insalubridade e periculosidade aos trabalhadores da educação e redimensionamento.