Protestos Fora Bolsonaro em MT marcam dia em que o país registra 500 mil mortos pela Covid
Os protestos contra o governo de Jair Bolsonaro marcaram o dia em que o Brasil registrou a triste marca de mais de meio milhão de brasileiros e brasileiras que perderam a vida em decorrência do novo coronavírus
Publicado: 26/06/2021 20:07 | Última modificação: 26/06/2021 20:07
Escrito por: Andressa Boa Sorte
As manifestações em Mato Grosso ocorreram de diversas formas e em diferentes municípios neste último sábado (19/06). Em Cuiabá, primeiro um ato simbólico na Praça Ipiranga, região central da capital, lembrou os mais de 11.400 mato-grossenses vitimados pelo vírus.
Representantes de diversos segmentos e entidades sociais participaram dos protestos. Uma carreata com buzinaço também seguiu pelas ruas de Cuiabá em forma de manifestação contra a negligência do governo federal na atuação quanto ao enfrentamento à pandemia. “Hoje é um dia triste para todos nós. O Brasil passou de 500 mil mortos pela Covid-19. São vidas perdidas em função de um governo negacionista, que nega a ciência, nega assistência e nega vacinas. Estudos mostram que de cada 4 mortos pela Covid no Brasil, três poderiam ter sobrevivido se já tivessem sido imunizados, por isso, hoje, protestamos pelo fim desse governo genocida”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Mato Grosso, Henrique Lopes.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, também participou dos atos e destacou a péssima atuação de Bolsonaro no enfrentamento à crise sanitária. “Estamos vivendo hoje essa marca de mais de 500 mil vítimas da Covid-19, o que é revoltante. O Brasil segue com um ritmo lento de vacinação e isso tem provocado prejuízos em todas as esferas da sociedade, incluindo a educação pública. Estamos aqui em homenagem à essas vítimas e lutando pelo fim do governo Bolsonaro”, disse o presidente do Sintep-MT, Valdeir.
As manifestações em Cuiabá seguiram com uma caminhada nas principais avenidas da região central da cidade. Movimentos estudantis também integraram o ato e entre as cobranças feitas em falas de protesto, faixas e cartazes, estava a disponibilização de vacina para todos e todas, a manutenção e valorização do SUS (Sistema Único de Saúde) e a defesa pela escola pública.
“Não suportamos mais esse governo antidemocrático, que não dialoga com a sociedade, que não valoriza a ciência e nem a vida, por isso, gritamos Fora Bolsonaro”, disse o diretor da União Nacional dos Estudantes em Mato Grosso (UNE) Wesley da Mata.
Trabalhadores estão desassistidos pelo governo
A taxa de desemprego no país atingiu recorde de 14,7% no primeiro trimestre de 2021. A taxa tinha sido de 13,9% no quarto trimestre de 2020 e de 12,2% no primeiro trimestre de 2020. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, destaca a pífia atuação do governo federal quanto às ações a fim de proteger a classe trabalhadora da contaminação pelo novo coronavírus. Henrique também criticou o auxílio emergencial negado a milhares de trabalhadores que perderam o emprego durante a pandemia. “Temos essas duas situações: a primeira, dos que ainda estão empregados, mas sem qualquer fiscalização por parte do governo quanto às condições sanitárias nesses ambientes laborais para evitar o contágio e segundo, dos que perderam sua fonte de renda, foram demitidos e tiveram o auxílio emergencial negado por Bolsonaro. Os que recebem, também estão em situação complicada, já que, com a alta no preço dos alimentos, pouco dá pra fazer com 150, 200 reais”, destacou Henrique.
De acordo com a direção da CUT nacional, este sábado (19/06), as mobilizações de milhares de brasileiros e brasileiras ocorreram em cerca de 400 cidades em todo o país no movimento “Fora Bolsonaro”.
Confira as fotos no facebook do Sintep-MT