Profissionais da educação depositam confiança na luta do Sintep-MT
Educadores de todo o estado filiados à entidade exercem o direito ao voto majoritariamente, de forma virtual, na 2º maior eleição do estado
Publicado: 18/06/2025 17:42 | Última modificação: 18/06/2025 17:42
Escrito por: Roseli Riechelmann

Este ano, pela primeira vez, o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) realizou as eleições da entidade pelo sistema de votação virtual em todo o estado, exceto na Capital. Em Cuiabá foram disponibilizados 22 pontos de votação presencial. O modelo tecnológico usou o acesso à urna virtual, para agilizar o tempo do eleitor, também sinalizou alguns desafios tecnológicos, superados à medida que se apresentaram.
A auxiliar Pedagógica da Educação Infantil da rede municipal de Juína (720 km da Capital), Juscelene Ferreira de Souza Amarilha, 43 anos, há 18 atuando na educação pública, defende aprovou o sistema e destacou a importância da participação nas eleições sindicais. Primeiro destaca a prática democrática, defesa dos direitos e interesses dos profissionais, melhoria de condições de trabalho. “Participar das eleições sindicais é garantir a representação legítima na defesa dos trabalhadores”, pontuou.
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Paralelamente, na Capital, Cuiabá, o voto presencial com equipamentos disponibilizados para os eleitores, deu conta do exercício democrático. O professor Donizete Louzada, 60 anos, filiado a mais de 38 anos, ativo na rede municipal de Cuiabá e aposentado da rede estadual, acredita que "não dá pra falar da importância do Sindicato sem lembrar das conquistas". “Foi graças às lutas, paralisações e mobilizações desde os anos 1980/90 que chegamos onde estamos. O Sintep-MT manteve a essência da luta da categoria”, disse.
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Também veterana na luta sindical, a professora aposentada Marilza Schuina, 59 anos, da rede municipal de Cuiabá, destaca que as eleições sindicais são momentos importantes para manifestar o que esperamos da luta dos trabalhadores. “Já vivemos períodos de maior mobilização, com negociações sérias por melhores salários e condições de trabalho. Hoje o cenário é outro: o trabalhador virou 'colaborador', num contexto neoliberal em que o descarte e a desvalorização da força de trabalho são regra. Por isso, participar da luta agora é ainda mais necessário”, ressaltou.

Ainda mais experiente e demonstrando a resistência da categoria, a professora Anitta Paulo, 78, compareceu a votação e ressaltou que, "se hoje tenho um salário razoável, foi graças à luta: fui pra rua, dormi em frente à Seduc-MT. Não vejo mais essa garra, e isso se reflete nos salários e na perda de direitos”, afirmou.