Professores de Marcelândia param na próxima segunda pelo cumprimento do piso salarial


Os educadores da rede municipal estão com salários achatados e com perdas recorrentes devido ao descaso da Prefeitura, que sequer possibilita o diálogo com a categoria.

Publicado: 22/03/2023 16:28 | Última modificação: 22/03/2023 16:28

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Marcelândia
Presidente da subsede do Sintep/Marcelândia, Douglas Cordeiro, acredita que a mobilização é inevitável diante do descaso da gestão municipal

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) subsede de Marcelândia (712 km norte de Cuiabá) fará paralisação de um dia, na próxima segunda-feira (27/03/), numa medida que busca cobrar da Prefeitura Municipal o cumprimento da lei do piso salarial.

A decisão, deliberada na Assembleia Geral realizada no dia 15 de março, revelou a indignação dos profissionais pela falta de resposta formal aos ofícios encaminhados para administração e também ao Ministério Público, no município. Conforme o presidente da subsede do Sintep/Marcelândia, professor Douglas Cordeiro, um levantamento feito na regional constatou que, dos nove municípios mais próximos, os profissionais de Marcelândia recebem o menor salário.

Sintep/Marcelândia
Assembleia da categoria delibera estado de greve e paralisação de um dia, nas escolas municipais

Os profissionais estão em estado de greve desde janeiro de 2023, quando a gestão municipal não abriu o diálogo para negociações e esclarecimentos. “A situação dos profissionais da educação em Marcelândia tem se agravado cada vez mais. O que levou a categoria ao estado de greve. Agora além desta paralisação adotaremos medidas para envolver a comunidade na luta pelo direito ao cumprimento da lei que nos assegura salários dignos”, esclarece o dirigente.

Conforme o professor Douglas, a paralisação é o último recurso, mas se faz necessária diante da falta de diálogo e comprometimento da administração municipal com a educação. “Contamos com o apoio da comunidade de Marcelândia nessa luta, pois a educação é um direito de todos e deve ser valorizada e respeitada”, concluiu.