Presidente da CUT-MT apresenta conjuntura política no XIII Congresso do Sindsep-MT


Contando com cerca de 150 delegados eleitos e vários convidados, acontece entre os dias 2 e 5 de novembro no auditório do Hotel Mato Grosso Águas Quentes, o XIII Congresso do Sindsep-MT, sindicato filiado à CUT-MT.

Publicado: 04/11/2021 11:08 | Última modificação: 04/11/2021 11:08

Escrito por: Assessoria/CUT-MT

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Henrique Lopes, Presidente da CUT-MT

Com o tema “Para defender a democracia é preciso defender os direitos do povo”, a instância deliberativa máxima do Sindsep-MT discute amplamente a conjuntura internacional, nacional e estadual, suas implicações nas condições de vida dos trabalhadores em geral, em particular os trabalhadores do serviço público federal no Estado de Mato Grosso. Os debates abrem espaço também para deliberações sobre posições, planos de lutas e pauta de reivindicações dos trabalhadores.

Na apresentação da conjuntura política no cenário nacional e estadual, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT-MT), Henrique Lopes, citou as profundas (e prejudiciais) mudanças nas reformas implementadas pelo Estado brasileiro desde a emenda 19 da Reforma proposta por Bresser Pereira. “Estamos revivendo esses conjuntos de reformas que atacam deliberadamente a estabilidade do emprego, em especial, do serviço público. Dentro dessas perspectivas, a mais perigosa é a reforma do ensino, que visa, entre outras coisas, normalizar o capitalismo e transformar as futuras gerações em meros vendedores da sua força de trabalho, sem questionar o sistema do qual estarão inseridos”, criticou Henrique.

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No âmbito estadual, o presidente da CUT-MT citou as ações do governo Mauro Mendes em seguir a política bolsonarista, que, numa comparação com os atos do presidente da república, classificou como “duas faces da mesma moeda”. “Temos em Mato Grosso um estado que é líder na produção do agronegócio e um governo que nega direito dos trabalhadores, mas que libera os barões do agro de pagar impostos. Na educação, em um contexto de pandemia onde o distanciamento social é necessário, o governador foi na contramão dessa lógica e decidiu fechar diversas escolas”, disse.

Ainda no segmento educacional, o sindicalista citou ainda o fato de que o próprio Conselho Estadual de Educação é desprezado pelo govenador que “instituiu um conselho paralelo que toma decisões de acordo com os interesses da inciativa privada”.

O pacote de reformas que estão em pauta no congresso nacional vem para desestabilizar completamente os serviços públicos no Brasil. “É de extrema importância essa mobilização em todas as esferas do funcionalismo público do país, porque o momento de lutar é esse, em que essas Pec’s ainda estão em tramitação. Pressionar os parlamentares para votar contra e responder nas urnas nas próximas eleições é a tarefa de casa de cada trabalhador que luta para que nossos direitos não sejam completamente desrespeitados e com amparo legal, no caso dessas reformas serem aprovadas”, declarou Henrique Lopes.

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Carlos Alberto de Almeida, presidente do Sindsep-MT

O presidente do Sindsep-MT, Carlos Alberto de Almeida também falou sobre a importância dos debates durante o Congresso, que teve sua última edição realizada em 2018, antes da pandemia. “É muito importante a realização desse XII Congresso do Sindsep-MT, porque estamos aqui alinhando nossas estratégias de defesa. Não dá mais para assistirmos ‘de camarote’ a retirada de nossos direitos promovida por esse governo fascista. Temos que intensificar a luta em defesa da democracia, contra a PEC 32 que é o fim do serviço público no país. A nossa pauta é muita extensa e ainda mais agora que temos a Câmara federal blindando o presidente. Então, estamos aproveitando esse congresso para nos organizar e colocar na mesa um plano de ação”, finalizou o presidente do Sindsep-MT.

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