Prefeito de Colíder insiste em desrespeitar educadores com corte de salários


Embora não tenham sido atendidos na sua principal reivindicação, que é a recomposição salarial de modo a equiparar a remuneração de início de carreira ao Piso Nacional, os profissionais da educação já sinalizaram pela suspensão da greve a partir do dia 18 de abril.

Publicado: 13/04/2022 18:46 | Última modificação: 13/04/2022 18:46

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT.

Os trabalhadores da educação do município de Colíder seguem sendo desrespeitados pela gestão municipal, visto que o prefeito Hemerson Maximo atropelou um direito constitucional da categoria em fazer as reivindicações salariais por meio de greve e cortou o ponto dos educadores. Nesta quarta-feira (13), a direção do Sintep - Subsede de Colíder, estiveram reunidos com representantes do executivo e Ministério Público para tratar da greve.

Embora não tenham sido atendidos na sua principal reivindicação, que é a recomposição salarial de modo a equiparar a remuneração de início de carreira ao Piso Nacional, os profissionais da educação já sinalizaram pela suspensão da greve a partir do dia 18 de abril. “Essa situação de greve ocorreu, infelizmente, devido a intransigência do prefeito que simplesmente se recusou a negociar com a categoria. E agora, mesmo após termos sinalizado com o retorno das atividades escolares, não se manifestou em pagar os salários dos educadores que tiveram o ponto cortado, o que é um grande desrespeito para com os trabalhadores”, disse Valdeir, presidente do Sintep-MT.

Categoria reunida durante Assembleia Geral.

A presidente da subsede, Edina Martins, ressaltou que apesar do retorno das atividades nas escolas, o Estado de Greve continua. “Nós encaminhamos mais um ofício junto à Prefeitura, fazendo os apontamentos do que foi decidido em nossa última Assembleia Geral. Entre nossas condições para o fim da greve, está uma mesa de negociação junto ao executivo, no mês de agosto, para tratar dessa equiparação do salário com o piso e é claro, também o pagamento dos salários que foram retidos devido ao corte de ponto”, disse a sindicalista.

Ela destacou ainda que “os profissionais da educação se encontram muitos indignados diante da resposta e da postura do prefeito, uma vez que não se manifesta no sentido de apresentar propostas efetivas, nem perspectivas de diálogo para avançar nas negociações a respeito das reivindicações da categoria”. “Além disso, a categoria sofreu diversas ameaças de demissões e exonerações. Esse cenário que estamos vivendo nunca foi visto no município de Colíder, com o evidente desmonte das conquistas da categoria não pode ser aceita por nós educadores”, disse Edina.

O presidente do Sintep, Valdeir Pereira reiterou que, apesar o prefeito se recursar a cumprir com os percentuais da atualização do piso  no Plano de Cargos Carreira e Salário, apesar de ter recursos em caixa reprogramados do ano anterior e o Fundeb ter apresentado crescimento significativo, espera que o gestor se coloque aberto ao diálogo nos próximos dias.

“Nessa perspectiva esse sindicato se coloca prontamente aberto ao diálogo pois entendemos que deveria existir entre as partes para que possa ser garantido os direitos dos profissionais da Educação de Colíder”, finalizou.