Toma posse a nova diretoria do Sintep-MT gestão 2025-2028

A nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), tomou posse neste 29 de junho, para o triênio 2025–2028. A chapa “Unidade na Luta para Reaver Nossas Conquistas”, encabeçada pelo professor Henrique Lopes, com a professora aposentada Maria Celma Oliveira na vice-presidência, assume o comando do maior sindicato do estado. 

O evento que sucedeu a festa de comemoração dos 60 anos do Sintep-MT, no dia 28, trouxe para a solenidade centenas de representantes da categoria, das várias regiões do estado. A direção, composta de 47 integrantes, entre secretários de pastas, diretores regionais, conselho fiscal, além do presidente e vice-presidente,  assume a entidade com o desafio de conduzir a luta histórica da entidade, marcada pela defesa da educação pública e dos direitos da categoria.

No discurso de posse, o presidente Henrique Lopes destacou como compromisso e desafio da sua gestão, ampliar a atuação do Sintep-MT para unificar as condições de trabalho, entre as redes (estadual e municipais), assegurando a carreira única para todos os profissionais da educação. Ainda, lutar pelo reconhecimento profissional e valorização da categoria, com foco na melhoria salarial, condições de trabalho e de saúde, destaca como elementos essenciais para a qualidade da educação.

“A trajetória do Sintep-MT sempre foi construída com base na resistência e na mobilização. Nos períodos de retrocessos, permanecemos resistentes. É com essa resiliência, proposição, determinação e ousadia que levaremos à frente o espírito coletivo, sempre uma condição essencial para alcançar nossos objetivos”, destacou o presidente

Para a vice-presidente, Maria Celma Oliveira, os desafios são muitos. Contudo, nosso maior desafio será despertar na categoria a capacidade de reação ao modelo político de educação imposto pelo Estado de Mato Grosso. 

“Vamos reafirmar a luta em defesa da gestão democrática visando garantir a participação de todos os segmentos da comunidade escolar (pais, estudantes e profissionais em Educação). Intensificar a luta em defesa dos princípios da carreira e por uma política de valorização salarial com ganho real acima da inflação para todos os segmentos da carreira, ativos e aposentados.  Além da luta por condições dignas de trabalho, contra o assédio moral e as práticas antissindicais”, afirma. 

Cenário 

O presidente acompanha e vivencia os desafios sindicais e conhece o cenário. “Tivemos muitas perdas com o governo Mauro Mendes: retrocessos na gestão democrática, desvalorização salarial e ausência de concursos públicos para atender à demanda real das escolas. Hoje, a educação pública passa por um processo de terceirização e pejotização, o que compromete o respeito à profissão. Teremos que resgatar o entendimento de que a educação deve ser feita por educadores - profissionais formados para isso - e não por militares. O papel da polícia é outro”, ressaltou.

Nas redes municipais filiadas ao Sintep-MT registrou- se avanços e retrocessos. “Avançamos na implementação do piso salarial em grande parte, porém tivemos retrocessos como a falta de equiparação entre piso, jornada e carreira em relação à rede estadual”, ressaltou.

Henrique lembra que o cenário atual é bem diferente daquele que viveu em sua primeira gestão na presidência do Sintep-MT, em 2013.  “A categoria mudou. Muitos companheiros faleceram, outros se aposentaram. O avanço ou não diante desses desafios vai depender do que esse novo perfil deseja e defende. Como liderança sindical, sigo com a mesma disposição de antes, mas ciente de que os tempos mudaram e os desafios também’, concluiu.
 

Confira aqui a direção central do Sintep-MT para o triênio 2025 a 2028