Pós-Eleições: Sintep-MT reafirma pautas da categoria junto ao Legislativo Estadual


"O papel institucional da Casa de Leis deve ser o de defender os interesses coletivos e isso passa por políticas públicas que valorizem a educação e o seu conjunto de trabalhadores. A ALMT não deve ser um ‘puxadinho’ do Governo do Estado”, destacou o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.

Publicado: 10/10/2022 12:22 | Última modificação: 10/10/2022 12:22

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Sintep-MT

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino de Mato Grosso (Sintep-MT), segue sua agenda na defesa por uma educação pública, gratuita, laica, de qualidade, socialmente referenciada e sem distinção, por isso, no pós-eleições, já se mobiliza para fazer um trabalho de articulação junto aos deputados estaduais. Assim como, orienta que as direções de Subsedes busquem abrir canal de conversação com os deputados que tem domicílio eleitoral nas subsedes do Estado de Mato Grosso. 

De acordo com o presidente do Sindicato, professor Valdeir Pereira, apesar de pouca mudança no desenho da Assembleia Legislativa, a pauta dos trabalhadores não muda. “As reivindicações dos servidores públicos são constantes e permanentes. E há necessidade de atuação do parlamento estadual, por isso, já estamos nos organizando para fazer uma visita ‘corpo-a-corpo’ a cada um dos 24 eleitos, apresentando nossas reivindicações. Isso porque entendemos que, independentemente quem seja a pessoa a ocupar uma vaga no legislativo, o papel institucional da Casa de Leis deve ser o de defender os interesses coletivos e isso passa por políticas públicas que valorizem a educação e o seu conjunto de trabalhadores. A ALMT não deve ser um ‘puxadinho’ do Governo do Estado”, destacou o sindicalista.

Entre as principais demandas da categoria segundo Valdeir, estão a revogação da lei que confisca 14% em ICMS da remuneração dos servidores aposentados e pensionistas e também a implementação de medidas que tratem da valorização profissional, como por exemplo, o pagamento integral da revisão geral anual e incremento salarial dos educadores, que hoje são, dentre as carreiras do executivo estadual, os que recebem o menor salário.

Reprodução
Plenário - Assembleia Legislativa de Mato Grosso 

O presidente do Sintep-MT citou ainda, um pensamento de Paulo Freire para ilustrar a importância de um legislativo isento e que atue em prol da sociedade: “seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceberem as injustiças sociais de maneira crítica”. No Brasil e em Mato Grosso, temos visto estas palavras de Freire sendo praticadas: a educação é uma das áreas mais carentes de investimentos e o profissional educador é um dos mais desvalorizados do país. Por isso, o Sintep-MT exige que os eleitos para a Assembleia Legislativa não se furtem do seu papel de defender a democracia, a escola pública e um ensino de qualidade.

Valdeir destaca ainda que a Assembleia Legislativa precisa assumir o papel de interlocutora da categoria junto ao executivo estadual e cumprir com o papel de defender a escola pública e a qualidade no ensino, que é um direito de todo estudante. “Um dos grandes problemas que temos com o governo Mauro Mendes nos últimos quatro anos, é que ele simplesmente se recusou a ouvir nossas demandas. Não há uma agenda de diálogo para que possamos construir, juntos, alternativas para as pautas da categoria. Sendo assim, nós cobramos da Assembleia Legislativa, atuar no sentido de levar adiante nossas reivindicações. Nós somos cerca de 40 mil servidores na rede pública de educação em todo o estado e, por isso, vamos continuar atuando para que nossas demandas sejam ouvidas”, finalizou o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.