Onda de Covid-19 dispara na Europa e governos retomam medidas de restrição


O aumento de casos da doença está sendo registrado em países com baixo percentual da população vacinada

Publicado: 28/10/2021 12:06 | Última modificação: 28/10/2021 12:06

Escrito por: Redação/CUT

TOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL

Uma nova onda de casos de Covid-19 se espalha pela Europa onde as taxas de vacinação se mantêm  baixas. O aumento de casos confirmados da doença em vários países faz governos retomarem as restrições e deixa um alerta para o restante do continente e ao mundo: mesmo onde tem avanço da imunização, o uso de máscaras e distanciamento entre as pessoas devem prevalecer.

Na Europa, os que não querem se vacinar estão transmitando o vírus para quem já se vacinou. A mortalidade e internações não explodiram justamente por causa dos imunizados.

Mesmo sendo um dos primeiros locais a iniciar a vacinação contra a Covid-19, a Europa não conseguiu imunizar grande parte da população e se tornou neste mês a única região do mundo em que casos do novo coronavírus dispararam. Nos países e. No continente europeu, cerca de 1,3 milhão de novos casos foram registrados na semana até o dia 19, uma alta de 7% em relação à semana anterior e o terceiro salto seguido.

A Bulgária é o país da União Europeia com menor índice de imunização: apenas 23,9% da população está com o esquema vacinal completo. O país registou no dia 21 quase 5 mil novas infeções em 24 horas, o maior número desde março. Além disso, 214 pessoas morreram de Covid-19 em um único dia.

O governo proibiu o acesso a espaços públicos que foram fechados nesta semana para quem não apresentar comprovação da vacina, um teste negativo ou prova de recuperação da doença. As escolas em áreas com altas taxas de infecção terão que retomar o ensino on-line.

Já na Romênia, as funerárias estão ficando sem caixões. No país, que teve a maior taxa de mortalidade per capta do mundo nesta semana, uma pessoa morre de Covid-19 a cada cinco minutos. Apenas 36% dos adultos romenos estão vacinados, em comparação com 74% da média da União Europeia.

Na Polônia, o ministro da Saúde disse que "medidas drásticas" podem ser necessárias para conter um repentino aumento de infecções no país, embora nenhum novo bloqueio esteja sendo considerado.

A campanha de vacinação na Polônia está estagnada há alguns meses e apenas 52% dos poloneses têm o esquema vacinal completo.

A República Tcheca também registrou um aumento acentuado do número de infectados, contabilizando, na terça-feira (21), 3.246 novas infecções em 24 horas, o que representa mais que o dobro dos casos diários na semana passada e é o maior número desde abril.

A Sérvia, onde apenas cerca de metade da população foi imunizada, passará a exigir passes sanitários para acesso a locais fechados, como restaurantes, bares e discotecas.

O Reino Unido enfrenta o novo surto entre os jovens com menos de 20 anos não imunizados. No entanto, eles estão disseminando o vírus entre os pais, aumentando gravemente as hospitalizações. Em um dia, foram 223 mortes por Covid-19 em 24 horas, o maior número diário desde março.

A Holanda registou aumento de 44% no número de novos infectados em relação à semana passada. As autoridades sanitárias locais registaram 25.750 novos casos de Covid-19 nos últimos sete dias, ante os 17.850 na semana anterior. O aumento aconteceu sobretudo nas regiões de maioria calvinista, onde as taxas de vacinação são muito mais baixas.

Rússia e Ucrânia batem novo recorde de mortes

A Rússia registrou nesta terça-feira (26) 1.106 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número desde o início da pandemia, em meio a um aumento de novos casos as autoridades retomaram as medidas de bloqueio parcial.

As mortes diárias no país bateram recordes em seis dos últimos oito dias. Em casos da doença, houve 36.446 novas infecções, em comparação com 37.930 no dia anterior.

O país paralisará locais de trabalho em todo o país na primeira semana de novembro, e a capital Moscou vai reimpor um bloqueio parcial a partir de quinta-feira (28), com apenas lojas essenciais como farmácias e supermercados autorizados a permanecer abertas.

Autoridades locais atribuíram o aumento das mortes e infecções às baixas taxas de vacinação.

Vizinha da Rússia, a Ucrânia registrou um recorde diário de 734 mortes relacionadas ao coronavírus nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Saúde nesta terça-feira (26). A marca anterior, de 614 mortes, era de 22 de outubro.

Os dados do ministério mostraram que 19.120 novas casos foram relatados nas últimas 24 horas. A Ucrânia tem um total de 2,8 milhões de casos de coronavírus e 64.936 mortes.