Manifestação cobra compromisso do governo para o debate das pautas dos educadores
O Sintep-MT inicia cinco dias de acampamento por respeito à carreira da educação na rede estadual e valorização profissional.
Publicado: 15/07/2024 20:02 | Última modificação: 15/07/2024 20:02
Escrito por: Roseli Riechelmann
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) dá início nesta segunda-feira (15) até sexta, 19 de julho, na praça do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Cuiabá, a um novo ato público. Os trabalhadores da educação da rede estadual das diversas regiões do estado voltam para as ruas no período de recesso escolar para manifestar sua indignação, com o Acampamento da Resistência, com o tema “Mato Grosso Cresce e os/as Educadores/as Empobrecem! Assim Não Dá!”.
As pautas levadas a público refletem a omissão do governo de Mato Grosso em responder aos ofícios do Sintep-MT com as reivindicações sobre a necessidade de Concurso Público, valorização salarial com ganho real de 9,16%, além do confisco das aposentadorias e pensões.
Valdeir Pereira, presidente do Sintep-MT, destacou na mesa de abertura a relevância do acampamento ao fazer a reflexão sobre as realidades de Mato Grosso, um estado rico, que cresce, mas que não contempla no orçamento o direito dos servidores e a valorização do serviço público. Ressaltou os desafios da população pobre no estado, os altos índices de violência, o desrespeito ao meio ambiente, entre outros. “Um estado rico, mas rico para quem?” perguntou.
A vice-presidente licenciada do Sintep-MT, Leliane Borges, reforçou aos presentes no ato a importância da participação, “são aqueles que não aceitam a retirada de direitos. Vamos fazer o enfrentamento ao desgoverno, nossa luta é coletiva, professores e funcionários, apesar de quererem nos dividir”, ressaltou Leliane Borges.
O presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, tratou sobre a Resistência, chamada pelo acampamento. Um termo significativo para as lutas do Sintep-MT, afirmando que os trabalhadores da educação, mesmo diante dos ataques, se mantêm resilientes.
“Estamos fazendo a resistência ao processo de municipalização da educação no estado, contra a militarização das escolas e à gestão democrática, pelo confisco das aposentadorias, contra o fim da jornada única, aos ataques à carreira e pela valorização profissional, dizendo não à meritocracia e a divisão da carreira. Nunca foi fácil, são 60 anos de resistência e resiliência”, citou.
A mesa de abertura contou com a presença do vereador por Cuiabá, professor Robinson Ciréia, representantes sindicais das regionais do Sintep-MT no estado, e a participação com manifestação de estudante e representante dos trabalhadores terceirizados nas escolas estaduais, que trataram sobre os desafios postos diante da política de precarização e desmonte da educação na rede estadual.