Greve na educação de Tangará da Serra cobra cumprimento do PSPN e outras demandas


Pauta de reivindicação dos trabalhadores da educação da rede municipal exige o cumprimento da lei do Piso Salarial Profissional Nacional e condições de trabalho, além de melhorias na infraestrutura das escolas

Publicado: 02/06/2022 15:15 | Última modificação: 02/06/2022 15:15

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Tangará da Serra
Trabalhadores da educação da rede municipal em atividade do movimento grevista de Tangará da Serra

Os trabalhadores da educação da rede municipal de Tangará da Serra estão em greve desde ontem, quarta-feira (01/06), pelo cumprimento da pauta salarial, condições de trabalho, e infraestrutura das escolas. A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no município, relata que tentam negociação com a prefeitura desde o início do ano, mas são ignorados. A greve por tempo indeterminado cumpre um calendário de atividades e mantém a categoria em assembleia permanente.

“A negociação da recomposição do piso salarial nacional foi estabelecida nacionalmente no mês de janeiro, mas já se passaram seis (6) meses e o executivo não sinalizou sequer para o diálogo com a categoria”, denuncia a presidente do Sintep/Tangará da Serra, Francisca Alda Ferreira de Lima. 

Conforme a dirigente, os profissionais da educação municipal realizaram pelo menos três Assembleias Gerais, e até formaram uma comissão para tentar dialogar com a gestão.   “Paralisamos um dia no mês de abril, outro dia em maio e, na última, sem resposta da prefeitura, tiramos o indicativo de greve. Por decisão da Assembleia Geral deflagramos a greve e vamos permanecer no movimento paredista até que a prefeitura sinalize para o diálogo e negociação das pautas protocoladas”, informou.

Entre as reivindicações estão o avanço no diálogo, condições de trabalho e estudo, melhorias na infraestrutura das escolas e creches, alimentação escolar conforme determina o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), vagas para estudantes especiais, Profuncionário e reposição salarial. “A pauta foi inclusive entregue ao presidente da comissão de educação da Câmara Municipal, na tentativa de conseguirmos algum encaminhamento junto ao executivo. O prefeito não se expressa e não cumpre o que é direito dos trabalhadores”, resume Francisca Alda.

Segundo decisão da categoria a greve só será suspensa quando a prefeitura sinalizar negociar os pontos da pauta. “A educação tem recursos próprios inclusive para valorização profissional. Só voltaremos quando houver encaminhamentos para o fim do sucateamento da educação, valorização profissional e apresentar um olhar voltado para melhoria das condições das escolas”, destacou.

A agenda de mobilização programou para esta sexta-feira (03/06) um ato denominado “Sextou”, em frente a prefeitura municipal cobrando diálogo e cumprimento dos direitos dos trabalhadores da educação.