Governo de Mato Grosso amplia o empobrecimento dos servidores estaduais com RGA de 5,79%
Aprovada pelos parlamentares, RGA de 2023 não corrige as perdas salariais acumuladas nos últimos cinco anos (2018-2022)
Publicado: 12/01/2023 18:14 | Última modificação: 12/01/2023 18:14
Escrito por: Roseli Riechelmann
O percentual de 5,79% da Revisão Geral Anual (RGA) para os servidores estaduais, aprovado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), ontem (12/01, aumenta a insatisfação das categorias de servidores do executivo estadual. O projeto de Lei governamental com a correção inflacionária com base no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), de 2023, mantém estagnado o ganho real dos salários e amplia as perdas acumuladas pelos servidores desde 2018.
A defasagem salarial acumulada das carreiras do executivo ultrapassa 30% e não há perspectiva de recuperação dentro da política econômica do governo Mauro Mendes. Por sua vez, os parlamentares, que votaram o projeto de lei da RGA apresentado pelo governo, concederam aos pares um reajuste de 16,14%, para ser recomposto até 2025, sob salário base de R$ 25 mil.
“Fica evidente que a maioria do legislativo vem corroborando com o governo do estado para o empobrecimento dos trabalhadores. Os deputados estão preocupados em resolver as próprias questões e dão um tapa na cara dos servidores ao conceder o vergonhoso reajuste de 5,79%. É uma total falta de sensibilidade”, destacou o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes.
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Para o diretor do Sintep-MT, a maldade é ainda maior com os profissionais da educação, onde o governador Mauro Mendes inaugura o processo de arrocho salarial na educação, cassou o sonho da Lei 510/2013, que era a possibilidade de equiparar os salários com as demais carreiras do executivo; desrespeita os percentuais de repasses mínimos da Lei do Piso Salarial Nacional e, agora, tenta atacar a Lei Orgânica dos Profissionais da Educação por meio de Projeto de Lei Complementar 03/2023.