Fórum Sindical desmente conivência dos sindicatos com o governo sobre RGA 2023


Presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho, faz declaração equivocada sobre atuação do Fórum Sindical na defesa pela integralidade da RGA

Publicado: 11/01/2023 17:38 | Última modificação: 11/01/2023 17:38

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e coordenador do Fórum Sindical do Estado, Valdeir Pereira, manifestou contrariedade a afirmação feita pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, nesta quarta-feira (11/01), durante sessão plenária. O deputado teria insinuado conivência do Fórum Sindical ao percentual da Revisão Geral Anual (RGA), 5,79%, apresentado pelo governador Mauro Mendes, para 2023. O motivo da dedução seria um suposto “sumiço” dos dirigentes do Fórum.

Em resposta, o dirigente sindical e membro do Fórum, Valdeir Pereira, esclarece que a mobilização das categorias em defesa dos direitos salariais confiscados pelo governo Mauro Mendes permanece a mesma, desde de 2019, quando a RGA deixou de ser repassada na sua integralidade. Desde então, o acumulado que chega a cerca de 20% em perdas salariais.

“É necessário restabelecer a verdade. Em nenhum momento houve negligência do Fórum Sindical quanto a RGA. Estamos na busca de conversa com o governo desde o ano passado e não há retorno. Semana passada os dirigentes cobraram audiência e foram buscar informações sobre a RGA na tentativa de diálogo com o governo e quase foram expulsos da Seplag (Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento)”, destaca Valdeir Pereira.

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Segundo Valdeir Pereira, a fala do presidente da Casa de Leis é equivocada e permeada de desinformação, bem como desconexa da realidade dos fatos que ocorrem na luta dos servidores do estado.
“Desde o ano passado o Fórum Sindical tem cobrado reiteradas vezes reunião com o governador de Mato Grosso para debater as pautas comuns aos servidores; RGA, calote que as categorias levaram desde 2018, e que está cada vez mais aprofundado, Concurso Público e o fim do confisco das aposentadorias e pensões.”
Para Valdeir Pereira, a expectativa é de que ao chegar na Assembleia Legislativa, o projeto de lei seja debatido com base nas propostas das categorias do executivo. Os dirigentes cobram dos parlamentares apoio para que a audiência com o governo seja marcada.