Governador de Mauro Mendes vai fechar a Escola Licínio Monteiro, em Várzea Grande


Por decisão unilateral governo vai encerrar atividade da Escola Licínio Monteiro, criada há menos de 1 ano em VG

Publicado: 20/09/2021 18:39 | Última modificação: 20/09/2021 18:39

Escrito por: Redação/Sintep/VG

Reprodução

O governador Mauro Mendes (DEM) pretende encerrar, ainda em 2021 e em plena pandemia, as atividades de ensino como escola estadual na Escola Estadual Licínio Monteiro da Silva, escola criada há menos de 1 ano por ato do próprio Governo do Estado.

Os fatos que comprovam esta denúncia são das equipes de técnicos que já promoveram visitas na escola para avaliar por parte da Seduc e Smecel a situação predial da escola.

A Escola Licínio Monteiro da Silva em Várzea Grande é a maior do município em número de alunos, e enquanto EEDIEB já se encontra com a situação jurídica organizada e vem atendendo alunos do Ensino Médio Regular, Ensino Fundamental, EJA e Atendimento aos Imigrantes. É, também, uma escola com forte presença de estudantes PCDs (Pessoas com Deficiências).

O encerramento das atividades de ensino em escolas da rede estadual em Várzea Grande, no Governo Mauro Mendes tem previsto, ainda para 2021, o encerramento de outras 3 escolas, que serão objetos de matérias específicas a serem publicadas no site do Sintep/VG e Sintep/MT como forma de denúncia contra o autoritarismo instalado na Seduc/MT.

Estudantes manifestam contra fechamento de escola em Várzea Grande

Para o Professor Gilmar Soares Ferreira, professor de História lotado na escola e dirigente sindical do Sintep/MT, foi muito estranho ver as equipes da Seduc e Smecel adentrar o espaço da Escola Licínio para realizar estudos de infraestrutura tendo em vista o encerramento das atividades de ensino como rede estadual, sem ao menos a gestão da comunidade escolar ser comunicada das intenções do governo Mauro Mendes e do prefeito Kalil Baracat.

“Se tal for o propósito do governador e do secretário de estado de educação, em encerrar as atividades dessa escola como integrante da rede estadual, será uma atitude de irresponsabilidade e de desrespeito por parte dos mesmos. Tais atitudes se assemelham as atitudes do governo Pedro Taques que tentou, de forma desonesta em seu governo fechar a escola quando nela funcionava o CEJA Licínio Monteiro, com forte  reação e resistência da comunidade escolar e com as denúncias do Sintep/VG conseguiram impedir o fechamento do CEJA.

Entretanto, no final de 2020 a Seduc apresentou a proposta de Criação de uma escola na forma“EEDIEB – Escola Estadual de Desenvolvimento Integral Licínio Monteiro da Silva”, numa proposição de implantar as bases para uma escola em que o próprio nome revela o quão grandioso poderia voltar a ser o projeto de uma escola, como foi a antiga Escola Estadual de 1º e 2º Graus Licínio Monteiro da Silva em Várzea Grande.

Mas, ao que tudo parece, a insensatez, o autoritarismo e a falta de diálogo com os gestores e a própria comunidade escolar se tornou marca maior do Governo Mauro Mendes que assim como destruiu a experiências dos CEJAS – Centro de Educação de Jovens e Adultos, quer destruir agora, também, o embrião das escolas de Desenvolvimento Integral, as recém-criadas EEDIEBs.

Histórico do Governo Mauro Mendes em fechar escolas em Várzea Grande

Caso o Governador venha impor de forma autoritária seu projeto de encerrar as atividades da Escola Licínio Monteiro como escola estadual em Várzea Grande, o caso se somará ao fechamento de outras 2 escolas em 2020: a escola Mercedes de Paula Sôda e a Escola ErnandyBaracat.  Ou seja, no período da pandemia de covid 19 quando o governo deveria ampliar espaços para escolas oferecer atendimento em tempo ampliado aos estudantes, o mesmo impõe de forma autoritária decisão de repassar a escola para o município.

Circula informações nas redes sociais de que outras quatro escolas serão repassadas para o município de Várzea Grande, isto é, deixarão de ser escolas estaduais: as escolas Heroclito Leôncio Monteiro, Honório Rodrigues Amorim (Escola Plena), Manoel Corrêa de Almeida e Demétrio de Souza, todas instaladas em bairros carentes em Várzea Grande.

Para Juscelino Dias, presidente da Subsede do Sintep/VG, o repasse de escolas estaduais para o município vai precarizar ainda mais as condições de ensino e de valorização profissional dos educadores no município de Várzea Grande que paga um dos piores salários aos professores e vem condenando os funcionários de escola a um congelamento salarial de 3 anos sem reajuste, nem mesmo da inflação.

Comunidade Escolar do Licínio Monteiro já prepara a reação

Diante das visitas técnicas feitas à escola e na iminente possibilidade da Escola Licínio Monteiro perder toda sua referência  geográfica e histórica com sua desapropriação pelo Governo Mauro Mendes, a comunidade escolar já começa organizar sua reação.

Nos próximos dias, será criada no Facebook uma comunidade online em defesa da Escola Licínio Monteiro da Silva. O objetivo é buscar apoio dos estudantes que já frequentaram a escola e dos profissionais da educação que já trabalharam na escola para denunciar a ação autoritária  do Governador Mauro Mendes de encerrar as atividades da histórica Escola Estadual Licínio Monteiro da Silva

SINTEP/VG DENUNCIA FALTA DE TRANSPARÊNCIA NO FECHAMENTO DE  ESCOLAS EM VG

A secretária Geral do Sintep/MT, Maria Aparecida Arruda Cortez denuncia a falta de transparência  e postura das autoridades que vem promovendo fechamento de escolas, remanejamento de turmas, enfim, o redimensionamento de escolas e redes. “Vamos reagir contra o fechamento da Escola Estadual Licínio Monteiro da Silva. Vamos representar o governo com a denúncia de crime contra humanidade por expor a atividade educacional da Escola Licínio Monteiro em risco. Um governador minimamente sério não pode fechar uma escola de forma autoritária e sem diálogo com a própria comunidade, principalmente de uma escola como a Licínio que atende estudantes PCDs (Pessoas com Deficiência), idosos de 60 anos, imigrantes e agora com o novo projeto da EEDIEB, podendo se tornar uma referência em Desenvolvimento Integral dos Estudantes. Vamos reagir”, finaliza Cida Cortez.