Dirigentes sindicais vão ao Palácio do governo em busca de diálogo sobre RGA
A Revisão Geral Anual não é paga integralmente aos servidores desde 2019, tendo acumulado cerca de 20% em perdas salariais ao funcionalismo público em Mato Grosso.
Publicado: 05/01/2023 16:20 | Última modificação: 05/01/2023 16:20
Escrito por: Assessoria/Sintep-MT.
Representantes de diversos segmentos do funcionalismo público de Mato Grosso, integrantes do Fórum Sindical do estado, estiveram na manhã desta quinta-feira (05) no Palácio Paiaguás, em busca de uma agenda com o poder Executivo. A pauta em questão tratou de buscar informações sobre o índice que o governo pretende conceder a título da Revisão Geral Anual dos servidores.
O coordenador do Fórum e presidente do Sintep-MT, professor Valdeir Pereira, criticou a ausência de um debate do governo junto às representações sindicais para discutir o tema. “É inadmissível a situação que vivemos, de obter informações pela mídia, sobre um assunto que interessa diretamente a nós enquanto servidores públicos, que é a nossa RGA. Nós queremos ter uma reunião com o governo para debatermos esse percentual, antes do projeto ser encaminhado à Assembleia Legislativa”, disse Valdeir. Há previsão, segundo informações da imprensa, de que o governo irá enviar o projeto ao Legislativo no dia 11 de janeiro.
Apesar da tentativa em dialogar, mais uma vez os sindicalistas não foram atendidos. Em busca de uma alternativa republicana e democrática para uma interlocução com o governo, os membros do Fórum Sindical se dirigiram à Secretaria de Estado de Planejamento. “Nosso intuito é obter uma resposta. Se para o governador Mauro Mendes e seus secretários é muito difícil ouvir os representantes das categorias, então que ao menos nos respondam formalmente por escrito, acerca de qual percentual e qual data-base o Executivo está prevendo quanto à RGA”, reforçou o presidente do Sintep-MT.
Uma solicitação formal para uma audiência com o governo foi protocolada na Casa Civil.
Vale lembrar que a Revisão Geral Anual não é paga integralmente aos servidores desde 2019, tendo acumulado cerca de 20% em perdas salariais ao funcionalismo público em Mato Grosso. “Nós estamos fazendo essas mobilizações afim de garantir algo que é nosso por direito. No ano passado, a RGA concedida não chegou nem mesmo a equivaler a inflação. Isso vai desencadeando a desvalorização salarial e a perda do nosso poder de compra. Quando falamos dos trabalhadores da educação, esse prejuízo fica ainda mais evidente, uma vez que, dentro das carreiras do executivo, nós somos os que recebem os menores salários”, completou o sindicalista.
Quanto à reivindicação da agenda, as assessorias da secretaria de Planejamento e Gestão, assim como da Casa Civil, responderam que irão entrar em contato com a coordenação do Fórum para informar qual a data disponibilizada para a reunião.