Fim da representatividade social no CEE-MT causa indignação nos conselheiros


Projeto encaminhado pelo governo Mauro Mendes para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso surpreendeu os conselheiros.

Publicado: 28/02/2023 19:12 | Última modificação: 28/02/2023 19:12

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/Dirceu Blanski
Sessão Plenária de terça-feira (28/02), do CEE-MT, expõe golpe na Educação Pública por meio de projeto de reformulação do órgão

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) manifestou durante sessão plenária do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE-MT), nesta terça-feira (28/02), a total contrariedade ao projeto de lei de reformulação do órgão, que acaba com a representatividade social na sua composição. A explanação foi feita pelo representante do Sintep-MT no CEE, professor Dirceu Blanski.

O conselheiro ressaltou a total surpresa em ser informado por vias não oficiais sobre o encaminhamento dado ao projeto de reformulação do Conselho Estadual de Educação. Uma atitude considerada lamentável, pois sequer foi debatida dentro do órgão. Mais do que isso, reafirmou a incoerência do projeto excluir a representatividade dos segmentos que representam mais de 80% dos estudantes de Mato Grosso, que são aqueles que estão nas escolas públicas, federal, estadual e municipal.

Conforme Dirceu Blanski, o tema demandou quase todo o período da sessão plenária matutina do CEE-MT, pois foi recebido com revolta e indignação pelos Conselheiros. “O presidente do CEE-MT, Gelson Menegatti nos informou que irá à Casa Civil nesta quarta-feira (01/03) levar a posição dos conselheiros. Contudo acredito que isso caiba a uma comissão, não apenas ao presidente”, destacou Blanski.

O presidente do CEE-MT, Gelson Menegatti, apresentou posição favorável ao Projeto de Lei, em tramitação na Assembleia Legislativa. Uma situação avaliada como delicada, pois conforme o projeto de lei a entidade a qual representa – Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sinepe), ou escolas privadas, será uma das maiores beneficiadas com o novo projeto, devido a ampliação de cadeiras, que sairá de uma para quatro conselheiros.

Dirceu Blanski apresentou durante sua fala as contrariedades com outras políticas implementadas pelo governo estadual que impactam nos direitos dos estudantes e dos trabalhadores, como os problemas causados no processo de atribuição de aulas nas escolas estaduais, até hoje, quase 30 dias após a retomada do calendário letivo, muitas escolas sem professores, alunos sem aulas.

Na oportunidade, citou a situação de professores e trabalhadores da escola que ficaram sem receber salário, pago neste dia 28 de fevereiro, último dia útil do mês, por inconsistências no processamento da folha de pagamento.