Falta de transparência da Seduc-MT coloca sob suspeita processo de atribuição de aulas


O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), vem recebendo inúmeras denúncias desde a última sexta-feira (28), de professores questionando a falta de transparência no processo de atribuição de aulas.

Publicado: 31/01/2022 17:05 | Última modificação: 31/01/2022 17:05

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

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Educadores de Cuiabá e cidades da baixada cuiabana denunciam que não é possível fazer o acompanhamento do chamamento dos profissionais que estão sendo atribuídos, uma vez que o contato com os professores tem sido feito de maneira individual. “Temos uma lista que foi publicada em edital pelo Selecon, que é a empresa organizadora do seletivo. Ocorre que, temos professores que estão nessa lista, que foram aprovados, e que não foram chamados até agora. Como essa atribuição parece estar sendo feito às escondidas, não é possível saber se houve desistência ou se, de fato, estão chamando na ordem correta de classificação”, disse a secretária de Políticas Sociais do Sintep-MT, Leliane Cristina Borges.

Quanto às denúncias, o Sintep-MT já elaborou uma notificação extrajudicial à Seduc-MT a ser protocolada na pasta, exigindo explicações sobre o chamamento para atribuição e também para que o processo tenha transparência e possa ser acompanhado pelos professores.

Processo Seletivo da Seduc-MT

De acordo com o comunicado feito pela Seduc-MT, os profissionais aprovados no Processo Seletivo Simplificado (PSS), deverão aguardar o contato das Diretorias Regionais de Educação (DREs) para agendamento das reuniões online, conforme ordem de classificação decrescente em cada polo.

As “reuniões”, segundo a secretaria, deveriam ter começado na quarta-feira (26) para orientar sobre as vagas existentes no polo. A informação da Seduc é de que, sendo de interesse do candidato lecionar na escola que tiver a vaga, seria feita a atribuição do contrato a ser emitido a partir de fevereiro. O contato das delegacias regionais com os candidatos aprovados foi estabelecido para ocorrer via e-mail ou telefone.
De acordo com o Sintep-MT,  houve casos de professores que relataram ter recebido o e-mail com o link, porém o link não abriu.

“Nós questionamos essa falta de organização e transparência do governo. Se os atos públicos tem como premissa, a transparência e a publicidade, como mandam os preceitos da administração pública, porque então privar os profissionais de acompanhar quem está sendo chamado ou não? Que o Ministério Público acompanhe essa situação para que os aprovados não sejam preteridos do seu direito de atribuir e na ordem como deve ser, levando em conta a posição em que ficou no seletivo”, disse Leliane.