Falta de compromisso da Seduc-MT com a categoria reforça mobilização do dia 26


Uma pauta extensa retratando o desmonte da Educação Pública leva os profissionais da educação a paralisarem atividades. Na rede estadual o descaso do governo Mauro Mendes quanto à carreira e a desvalorização salarial terão visibilidade

Publicado: 24/04/2023 19:20 | Última modificação: 24/04/2023 19:20

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT
Negociações da reunião entre Sintep-MT e Seduc-MT em janeiro, integram pauta da mobilização

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) volta às ruas neste 26 de abril contra o descaso do governo Mauro Mendes aos direitos da categoria e ao desrespeito quanto às negociações feitas com o Sindicato. A paralisação de um dia fará reivindicações às pautas Nacional, Estadual e Municipais dentro da mobilização da 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Escola Pública. Várias ações estão programadas pelo interior do estado. Na capital, o ato reunirá os trabalhadores da educação na Assembleia Legislativa do MT com passeata no Centro Político Administrativo.

“A insatisfação de grande parte da categoria se intensifica após as manobras e tentativas do governo Mauro Mendes de ignorar as cobranças feitas por melhores condições de trabalho e respeito à valorização salarial. Desde 2019, a gestão que se reelegeu promove um verdadeiro descaso ao debate democrático e, paralelamente, impõem medidas contrárias as defesas da categoria”, destaca o presidente do Sintep-MT. Valdeir Pereira. 

Segundo o presidente do Sintep-MT, o sindicato oficializou o ofício 133/20/04/2023 ao secretário de Estado de Educação, Alan Porto, com os motivos que levaram a categoria à paralisação do dia 26. Entre estes, elencou a falta de compromisso da gestão com as pautas acordadas em reunião com o Sintep-MT, dia 23 de janeiro de 2023.

Sintep-MT
Os trabalhadores da educação volta para as ruas no proximo dia 26, cobrando o cunprimento de direitos 

Desde de janeiro, o sindicato aguarda o retorno das negociações que incluem o cumprimento das pautas prioritárias de 2022; os encaminhamentos às deliberações feitas entre Sintep-MT e a Seduc-MT que não tiveram andamento, inclusive a constituição de uma comissão paritária para realização de estudos sobre uma política de valorização salarial com “ganho real” dos salários. Na ocasião, essa comissão deveria ser constituída dentro de 60 dias, ou até o mês de maio, data base da categoria. 

“Ninguém gosta de paralisar as atividades. No entanto, e infelizmente, essa ainda é uma das formas de alertamos o governo de que algo está errado. Não valorizar os trabalhadores da Educação, impor um sobrecarga de trabalho que está levando ao adoecimento, municipalização das responsabilidades da educação estadual e negação de matrículas na Educação de Jovens e Adultos não é apenas um ato de negligência, ou ato falho, é uma política de estado que não se preocupa com os trabalhadores e muito menos com a escola para transformarem vidas.”, conclui o presidente Valdeir Pereira.