Estudo mostra viabilidade de recomposição salarial com ganho real para educadores de Cuiabá

Um estudo sobre os recursos da educação do município de Cuiabá comprova a viabilidade orçamentária do Executivo municipal para assegurar 1/3 de férias aos professores e avançar na recomposição salarial com ganho real para os trabalhadores da educação na capital do estado, em 2025.

O levantamento financeiro, realizado na terça-feira (15), logo após a mobilização dos trabalhadores da rede municipal contra o corte do terço de férias anunciado pelo prefeito Abílio Brunini, revelou a falácia em torno do orçamento. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), professor Henrique Lopes, o que existe é falta de vontade política, já que os recursos existem.

enrique Lopes tem realizado, em todo o estado, oficinas sobre financiamento da educação com base no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), somado aos repasses constitucionais do município para a área. Os dados retirados do portal de transparência federal revelam que há margem para o cumprimento dos direitos dos educadores.

“O orçamento da educação de Cuiabá para 2025 está estimado em quase R$ 1 bilhão, enquanto a folha de pagamento representa pouco mais de R$ 500 milhões”, relata o dirigente, que, junto com a direção da subsede do Sintep/Cuiabá, se debruçou sobre planilhas e tabelas financeiras.

Conforme o secretário da Rede Municipal da subsede de Cuiabá, Duarte Pinto de Miranda Júnior, o estudo foi motivado pela campanha salarial. “A nossa data-base é junho, mas, como estivemos em campanha pela nova diretoria, agora estamos formulando a proposta a ser apresentada. Estamos avaliando os percentuais possíveis para negociar com a prefeitura. Mas o que apontamos é a necessidade de assegurar a recomposição salarial com ganho real, para a categoria”, afirmou.

A presidente da subsede do Sintep/Cuiabá, Marivone Pereira, assim como o secretário-geral, Robinson Ciréia, e os demais dirigentes que participaram do estudo do orçamento da educação, concluíram a análise fortalecidos contra o argumento do prefeito Abílio Brunini e de parte da Câmara Municipal, que tenta desmontar a conquista do terço de férias, justificando falta de recursos.

Atualizada 17/07/2025