Estudantes e profissionais da rede estadual sofrem com calor de 40º em escola improvisada


Sob o calor do sol cuiabano e a baixa umidade do ar comunidade escolar registra aumento de casos de adoecimento provocado pela da falta de infraestrutura da unidade

Publicado: 18/08/2023 13:46 | Última modificação: 18/08/2023 13:46

Escrito por: Roseli Riechelmann

REPRODUÇÃO

Em meio a temperaturas que atingem mais de 40 graus e com a baixa umidade do ar, de Cuiabá, estudantes, professores e funcionários da Escola Estadual Alice Fontes Pinheiro e das salas anexas da Escola Estadual Heliodoro Capistrano, enfrentam condições insalubres, num espaço improvisado da Escola Estadual Salim Felício (fechada pelo governo do estado em 2020), no bairro Parque Cuiabá. 
Segundo o presidente da subsede do Sintep/Cuiabá, João Custódio, o prédio da antiga escola, que hoje abriga duas unidades, tem instalações inadequadas para receber os estudantes e profissionais. “Desde o início de 2023, essas duas instituições têm funcionado de forma improvisada”, afirma. 

Conforme os relatos que chegam ao sindicato, o atual prédio não possuiu refeitório adequado, quadra poliesportiva, além de uma disposição caótica das salas de aula, administração e banheiros. Somado a isso, a infraestrutura de rede elétrica é insuficiente para suportar a instalação do sistema de ar condicionado. “O calor excessivo e a baixa umidade do ar, inviabiliza a concentração para as atividades pedagógicas nas salas”, destaca João Custódio. 

Conforme os profissionais as atividades estão sendo executadas de forma improvisada, pois o ambiente impróprio, tem adoecido os profissionais e estudantes. Segundo relatos, a perda de matrículas por salas, no semestre, foi entre 7 a 12 estudantes. Não bastasse isso, até coordenadores desistiram da função na escola este ano. “Tem sido recorrente os casos de problemas respiratórios, enxaquecas, tontura, fraqueza e outros sintomas decorrentes do ambiente desfavorável. Inclusive há registros de desmaios de estudantes nas últimas semanas”, afirma o dirigente sindical.

João Custódio destaca que os gestores das escolas Alice Fontes e Heliodoro Capistrano já relataram à Secretaria de Estado de Educação. Contudo, o que tem ocorrido é que órgão central demonstra lentidão e desinteresse em encaminhar solução para os reparos na rede elétrica e a instalação de ar condicionado. 

“Enquanto as barreiras burocráticas perduram, os estudantes e toda a comunidade escolar perdem, pela inviabilidade das condições físicas, emocionais de trabalho e estudo num ambiente insalubre”, ressalta Custodio.

Reforma da escola Alice Fontes

A Escola Estadual Alice Fontes, localizada no bairro Nossa Senhora Aparecida, está com a reforma paralisada. As obras iniciadas em 2022, foram suspensas desde maio de 2023, sem previsão de progresso. Uma reforma prevista para 365 dias, está sem prazo de conclusão.