Encontro nacional revela falta de transparência no uso da verba da saúde do trabalhador em MT


Implementação de política voltada para o segmento ficam comprometidas pelo desconhecimento sobre orçamento destinado ao segmento

Publicado: 23/07/2024 18:38 | Última modificação: 23/07/2024 18:38

Escrito por: Roseli Riechelmann

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Representantes de várias entidades de Mato Grosso ligados ao controle social participam do debate nacional sobre Saúde do Trabalhador

A ausência de transparência nos investimentos destinados à Saúde do Trabalhador em Mato Grosso foi o principal diagnóstico apresentado pelos representantes do estado no 10º Encontro das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, o ‘Cisttão, que ocorreu em Brasília, de 16 a 18 de julho. O evento organizado pelo Conselho Nacional de Saúde, em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiental (SVSA) do Ministério da Saúde, teve como objetivo apontar os desafios para a implementação de políticas que assegurem o compromisso com a saúde do trabalhador no país. 

Segundo a representante do controle social, no Conselho Estadual de Saúde (CE), professora Maria Luiza Zanirato, que ocupa a cadeira de usuário, pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, o primeiro passo é conhecer os recursos destinados no orçamento para essas políticas. “Os recursos públicos da Saúde não podem ser usados a bel prazer pelo governo, têm que ter participação, fiscalização e acompanhamento social”, destaca a conselheira.

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 Maria Luiza Zanirato, Representante do Sintep-MT no controle social, no Conselho Estadual de Saúde (CE)

Outro diagnóstico feito por Maria Luiza é de que a saúde do trabalhador no governo de Mato Grosso está num estágio ultrapassado, diante da concepção atual das políticas nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. “Percebemos, com base na Educação, que a atenção dada pelo governo busca o bem-estar do trabalhador com foco no melhor resultado das tarefas desempenhadas. O que se buscava enquanto medicina do trabalho. Porém, o conceito nacional olha a saúde do trabalhador como um direito humano”, esclarece.

Diante dessa realidade se faz urgente reativação da comissão intersetorial estadual do CES/MT, junto a Vigilância da Saúde, CEREST (Centro de Referência Regional de Saúde do Trabalhador), sindicatos e centrais sindicais. Por meio das comissões se ampliará o debate para ações e políticas atualizadas referentes aos agravos à saúde laboral e acidentes de trabalho. O Cisttão deixou como tarefa a organização das etapas municipais, que vão compor a etapa estadual para a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, no período de 08 a 11 de julho de 2025

“As pessoas trabalhadoras da educação rede estadual e redes municipais de Mato Grosso sabem o que é o sofrimento físico e psíquico nos seus postos de trabalho, e precisam se envolver nesse debate, para exercício digno e decente das profissões.

Assim como nas demais áreas o trabalho informal e temporário está substituindo o trabalho protegido, na educação também!”, concluiu Maria Luiza