Educadores repudiam violência e truculência do Governo do Estado do Pará
Por meio de sua Polícia Militar, o governo paraense atacou ontem, 18, a manifestação justa e legítima de educadores na frente da ALESPA
Publicado: 19/12/2024 18:11 | Última modificação: 19/12/2024 18:11
Escrito por: CNTE

Não é de hoje que a sociedade paraense tem demonstrações de sobra dos desmandos do Governador Helder Barbalho (MDB): trata-se de um gestor avesso às práticas democráticas mais elementares, produto mesmo do pior coronelismo que o país ainda conta em sua cultura política. O dia de ontem, às vésperas do ano que sediará um evento global da magnitude da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), ficará marcado como mais um dia em que o atual governador deixou claro seu desprezo pela educação pública de seu povo.
Em manifestação legítima convocada para ocorrer à frente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALESPA), os/as educadores/as da rede de ensino estadual, diante da ameaça de votação do Projeto de Lei 729/2024 enviado pelo governo estadual, que ataca seus direitos alterando o Estatuto do Magistério, decidiram apresentar a sua voz. A resposta do Governo Barbalho veio por meio de sua Polícia Militar e seus sprays de pimenta e balas de borracha.
Nada disso teria ocorrido se o governo estadual tivesse escutado os/as professores/as e seu sindicato representativo, o SINTEPP. Mas não. O Governador Helder, mais um Barbalho na vida do povo paraense, inimigo da educação pública, decidiu apresentar um projeto de lei sobre a vida e carreira dos/as professores/as do Estado sem com eles sequer falar e escutar sua opinião. A tirania e falta de diálogo e democracia foram coroadas no dia de ontem pela ação truculenta de sua Polícia Militar.
Não brinque com fogo, Governador Helder! Não queira os/as seus/uas professores/as e educadores/as estaduais em um movimento grevista às vésperas da COP 30. O diálogo social e a ausculta de seus sindicatos é um bom indicador de democracia e preservação ambiental, assim pensam os líderes globais que estarão em Belém nos próximos meses. Como dizem por aí: quem não pode com formiga não atiça o formigueiro! Os/as educadores/as de todo o país se solidarizam com a luta legítima e justa dos/as educadores/as da rede de ensino estadual do Pará, que só querem garantir direitos e por eles lutarão. Nada sobre nossos direitos sem a nossa voz! De igual maneira, é indigno do papel e atribuições da Polícia Militar do Estado que, sob o comando de Helder Barbalho, age de forma truculenta e violenta contra seu próprio povo.
Brasília, 19 de dezembro de 2024
Direção Executiva da CNTE