Educadores expõem faixas nos semáforos retratando o desmonte da educação no governo Mauro Mendes
Segundo dia de mobilização do Acampamento da Resistência do Sintep-MT faz protesto em uma das principais avenidas da cidade
Publicado: 16/07/2024 14:45 | Última modificação: 16/07/2024 14:45
Escrito por: Roseli Riechelmann
A aprovação automática de estudantes que sequer compareceram às aulas. Confisco de 14% dos salários dos aposentados e pensionistas. Valorização salarial por meio de gratificação (gorjeta) aos profissionais que cumprirem metas, entre as quais, não faltarem mesmo com atestado. Essas pautas marcaram o protesto realizado na manhã de terça-feira (16/07), no segundo dia do Acampamento da Resistência do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
A mobilização dos trabalhadores da educação, que tem como lema “Mato Grosso Cresce e os/as Educadores/as Empobrecem! Assim Não Dá!" estendeu faixas de protestos nos semáforos da avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), com objetivo de dar visibilidade às pautas de reivindicação.
Durante o ato, os profissionais presentes tiveram a oportunidade de fala e reivindicação. A professora Ana Carolina, de Barra do Bugres, lembrou da força da mobilização histórica do Sintep-MT, apesar da pressão e do descaso dos governantes. “Sou da época em que os salários demoravam seis meses para entrar na conta. Já passei por um período de atraso salarial. Mas reverencio meus ancestrais, pois aprendi com meus pais que nós somos o governo, por isso nossa luta”, ressaltou.
A dirigente estadual do Sintep-MT, Maria Celma Oliveira, foi uma das porta-vozes do ato de terça-feira, que contou com a participação de outros dirigentes sindicais de várias regionais do estado. Nas mensagens feitas pela dirigente foram destaques à população as falácias do governo sobre a qualidade da educação; a remuneração dos profissionais; e, políticas implementadas, que visam o desmonte da carreira e a precarização do ensino público.
Nas falas foram mencionados ainda, o fato do uso do recurso público na compra de materiais didáticos, "plataformização" da educação (aulas virtuais) adquiridas com pacotes desnecessários, já que o governo federal faz distribuição gratuita de material com o mesmo conteúdo. A cobrança se estendeu também para a realização de Concurso Público para todos os cargos da carreira, suprindo os contratos precários que superam 60% dos vínculos na educação estadual.
A ação integrou a agenda do Acampamento que prossegue no período da tarde com um 'Aulão', reunindo convidados, representantes de movimentos sociais, para tratar de assuntos diversos que retratam as lutas de outros segmentos no estado muito correlata com o que os profissionais da educação sofrem, como resultado de um governo que favorece os empresários e o agro negócio em detrimento dos serviços públicos e qualidade de vida da população que mais necessita deles.
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