Educadores de Juína protestam contra retirada de direitos pelo executivo municipal

Os trabalhadores da Educação no ensino público do município de Juína (distante cerca de 745 Km de Cuiabá), vem resistindo bravamente contra os recentes ataques da gestão sobre a categoria. Conforme o presidente da subsede do Sintep, Carlito Pereira da Rocha, além de não pagar o Piso Salarial desde 2021,  o prefeito, por meio da secretaria de educação da cidade, determinou uma série de alterações na rotina dos trabalhadores em educação, o que tem provocado transtorno dentro das unidades escolares.

“Nossos direitos vêm sendo sistematicamente vilipendiados pela gestão municipal que alega que em 2021, recebeu da gestão anterior um índice de 9% de déficit, porém, não pagou a recomposição do piso até 2022. Já este ano, na audiência com os trabalhadores, demonstrou que não  irá  recompor o piso. Diante dessa indecisão os trabalhadores acumulam perdas de mais de R$ 700 reais mensais. Outro ponto que está  trazendo um desgaste junto aos técnicos de infraestrutura e nutrição, é  que esses profissionais tem no plano de carreira, a jornada de 40 horas e há mais de 16 anos vem trabalhando com a jornada ininterrupta de 6 horas com o objetivo de atender o Projeto Político da pedagógico da unidade. No entanto, o secretário  baixou uma portaria para esses profissionais cumprirem a jornada de 8 horas com intervalos, criando assim, um desarranjo dentro dos serviços e dos servidores”, disse Carlito.

Além disso, no mês  de janeiro, o executivo determinou a retirada da insalubridade e periculosidade, implantando um sistema de “análise  técnica” para então conceder ou não esses adicionais. “É muito lamentável que ainda tenhamos que nos organizar para lutar por direitos básicos como a questão do mínimo exigido por lei, que é o piso. O não pagamento do piso por essa gestão, mostra o não compromisso com a valorização dos profissionais da educação”, criticou o presidente da subsede do Sintep.

Na pauta também entram temas como a avaliação do Plano Municipal de Educação e demandas como a realização de Concurso Público.  Nossa Assembleia Geral vai acontecer nessa sexta (24) e vamos deliberar sobre qual melhor caminho para defendermos tudo aquilo que é de direito de cada trabalhador e trabalhadora da educação em Juína”, finalizou.